terça-feira, 27 de novembro de 2012

Justiça intima 300 pais de alunos em evasão e indisciplina escolar



                                                                                                                            Por Clécia Rocha

Vários pais compareceram à escola para receber a intimação
Vários pais foram intimados para a audiência
Criada para combater a evasão escolar, a portaria do Toque de Estudo e Disciplina - TED, idealizada pelo juiz José Brandão da Comarca de Itapicuru-BA, está intimando, aproximadamente, 200 pais que têm filhos menores em situação de evasão ou indisciplina escolar para serem ouvidos perante o Juiz no Fórm de Itapicuru-BA, município situado á 225 km de Salvador-BA, no próximo dia 29 deste.
Uma das ações para o combate à evasão nos últimos dias foi a coleta de dados feita pela Justiça nas escolas de Itapicuru, onde foi constatado que nas escolas dos povoados de Lagoa Redonda e Sambaíba, ambos localizados na divisa com  Estado de Sergipe, há mais de 100 alunos que estão matriculados mas não frequentam aulas.
 Conforme o juiz Brandão, o não comparecimento dos pais ou responsáveis ao Fórum  na data estabelecida, poderá levar os mesmos a responderem por crime de desobediência a ordem do Poder Judiciário.
 Segundo o juiz, como consequência da evasão escolar dos filhos, os pais poderão perder o benefício da Bolsa Familia. “Cabe à Secretaria de Educação levar ao conhecimento do Ministério da Educação, para as cabíveis punições”, salientou.
Segundo a portaia judicial do  TED, os pais que não colocarem o filho na Escola podem pegar uma multa de 03 a 20 salários mínimos, conforme prevê o at. 249 do ECA ou até pegar uma pena de 15 dias a 1 mês de prisão, como também prevê o art. 236 do Código Penal, que deixa claro que a situação se trata de crime de abandono intelectual.
Ainda serão intimados cerca de 100 pais de alunos evadidos da sala de aula na ciade de Crisópolis-Ba, cuja audiência com os pais deve ocorer no incído de dezembro.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Jornalista feirense destaca importância de premiar trabalhos de estudantes

-->
 Por Clécia Rocha
-->


Jornalista Esdson Borges
O ato de premiar estudantes de Jornalismo e Publicidade durante o evento Resultando em Resultados da Faculdade Anísio Teixeira tem chamado atenção da mídia feirense, uma vez que profissionais veteranos acreditam que a premiação é muito importante, pois estimula a produção  do conhecimento, o aperfeiçoamento profissional, a pesquisa.
Para o jornalista Edson Borges, o RR é um evento com concorrência salutar porque alimenta a disposição de disputar o desenvolvimento da inteligência, da criatividade, do senso crítico e da busca pelo inusitado.
“O premio é uma ótima publicidade pra o mercado de trabalho. O estudante premiado pode estar fadado a ser um profissional de destaque, porque faz a diferença na faculdade”, destacou o jornalista.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Cabeça da Vaca: Comércio do sexo entra em decadência na BR-116 Sul



Por Clécia Rocha



A Cabeça da Vaca fica situada ás margens da BR-116 Sul

O bar da Cícera dispõe de quartos com preços diferenciados



 Situado às margens da BR-116 Sul, o Povoado de Cabeça da Vaca, que está localizado á 160 km de Salvador, já foi considerado como um dos maiores pontos de prostituição da região Nordeste. No entanto, atualmente, trabalhar com mulheres não tem sido tão lucrativo como em outros tempos.
Estrutura dos bordéis, quartos vazios


De acordo Cícera Pinheiro, ex-prostituta e proprietária de um prostíbulo na localidade, a queda no comércio de prostitutas se dá devido a concorrência com os prostíbulos situados em centros mais movimentados. “A Cabeça da Vaca já foi bem badalada a noite. Hoje, praticamente acabou. As meninas que aparecem são bem poucas e vindas de outros estados como Minas, Pernambuco, Ceará. A maioria dos homens que procura uma garota, chega na cidade e encontra, não precisa parar em pista”, disse a dona do bar.
Ela frisa que o valor cobrado pelas garotas também é um fator relevante para a queda nos lucros. “As que ainda restam cobram no máximo R$ 40. Tem muitas que chegam a pedir R$ 20 pelo programa. Isso pode variar conforme seja a condição financeira da pessoa”, detalhou. Entretanto, existem outros fatores de diferenciação de valores pelo programa na casa. “Temos o mais caro, que é para os homens casados e com uma melhor condição e os mais baratos ficam para os bêbados e para as ‘piranhas’. Tanto os que usam o mais barato e o mais caro, antes de começar o programa, ele tem que colocar o valor do quarto e o da menina na minha mão. Depois que ele sair eu entrego o dinheiro a ela", explicou a dona do bar antes de destacar que o objetivo é evitar confusões na hora do pagamento pelos serviços.

Segundo Tia Eva, proprietária de um dos bordéis mais antigos da localidade, oferecer tratamento digno às garotas é uma boa saída para mantê-las naquele estabelecimento. “Elas chegam aqui, comem, dorme e não cobro nada por isso. O que acontece é que elas correm atrás do dinheiro delas e eu do meu. O meu lucro aqui é adquirido pela ocupação do quarto, quanto ao valor do programa, quanto elas ganham, isso não me interessa”, concluiu.

Cotidiano de uma prostituta


Quartos vazios em um dos bordéis da Cabeça da Vaca
O movimento na BR-116 Sul começa por volta das 20 horas. Esse é o horário em que as garotas começam a se aproximarem da pista e dos bordéis a procura de clientes. Uma das profissionais do sexo de nome fictício “Milena” afirma que o movimento nos bordéis sofreu uma queda significativa.  
Mas, o cenário atual, como explica Milena, não impossibilita os ganhos suficientes para sustentar vaidades como fazer as unhas, comprar roupas e, ainda, ajudar no sustento de casa. Ela não concorda com a idéia de que prostituir-se é algo que denigre a imagem da mulher. “Não vejo nada demais está na pista em busca de clientes.  Assim como o professor sai todos os dias para ensinar as mesmas coisas na sala de aula, eu tenho que estar aqui para marcar o meu ponto e garantir o meu pão de cada dia”, disse Milena, que já vive na Cabeça da Vaca há cinco anos.


Aos 22 anos de vida, a garota de programa, revela que a profissão já lhe trouxe prejuízos. “Tinha um relacionamento sério com um rapaz. Existia uma química muito forte entre a gente, mas depois que ele descobriu que eu fazia ponto na Cabeça da Vaca, ele me largou”, conta.

 Ao ser questionada sobre a possibilidade de mudar de ramo, ela afirma: “não sei fazer outra coisa”. Para “Milena”, a prostituição em rodovias é algo comum, uma profissão digna. “Considero muito normal. Não importa se faço três, quatro ou cinco programas, se cansar tenho o dia seguinte todinho para repousar e a noite voltar ao batente. O nosso trabalho não está ligado ao nosso prazer e nem tampouco ao gozo próprio, mas ao do cliente”, ressaltou.