Foto: Gustavo Bezerra
Recém-eleito
para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o
deputado Assis Couto (PT-PR) disse não ser favorável nem contrário à
relação amorosa entre homossexuais. Sua postura é bem diferente do
polêmico deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que antecedeu Couto no cargo
e, constantemente, fazia declarações racistas e homofóbicas. Católico, o
novo presidente disse que ouvirá, este ano, a comunidade LGBT, apesar
de admitir que discorda de alguns pontos defendidos por militantes.
Quanto ao casamento [gay], é complexo. Não tem como ter posição porque
são várias nuances. Eu preciso aprofundar o tema”, afirmou o parlamentar
petista. Mesmo com o respaldo do PT, maior bancada da Câmara, Assis do
Couto obteve uma vitória apertada frente ao deputado Jair Bolsonaro
(PP-RJ), parlamentar conhecido pelo discurso antigay e que lançou
candidatura avulsa (sem indicação do partido) para disputar o comando da
comissão. No mesmo dia em que se elegeu presidente da comissão, Assis
do Couto foi indagado por jornalistas sobre sua posição a respeito da
descriminalização do aborto. Disse que, pessoalmente, é contra o aborto,
mas ressalvou que o assunto merece ser discutido no colegiado por se
tratar de uma questão de "saúde pública". Ao G1, Couto declarou ainda
ter posicionamento favorável a ações afirmativas para negros, e que
pretende diversificar a pauta da comissão em 2014.
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