Qualquer
coisa que se escreva sobre violência é café requentado, pois alguém já
escreveu ou falou. Eu sei. Mas a quantidade de crimes e diversidade de
barbárie em Santo Estevão, se agiganta e alcança índices intoleráveis.
A
única coisa necessária para o triunfo do mal, disse Edmund Burke, é que
os homens bons cruzem os braços. Há um limite onde a paciência deixa de
ser uma virtude... Diz o adágio popular, que é a última gota d’água que
faz o copo transbordar. Verdade. Pois é visível a sensação de que o
copo transbordou... A violência desenfreada em nossa Cidade transbordam a
paciência do nosso povo e agiganta a nossa indignação.
Ultimamente,
está complicado descobrir o valor de uma vida humana ou então, se essas
vidas possuem algum tipo de valor. Com a banalização do crime, o ser
humano vem se tornando descartável. Tem gente matando por um par de
tênis, ou simples telefone celular. O fato é que a vida humana está
desprezível e desvalorizada.
A
sociedade vive aflita e angustiada diante de tantos crimes. Exige uma
resposta, quer entender, mas não há uma explicação que justifique tanta
crueldade. Muitos desses criminosos que não dar valor à vida alheia,
também não valorizam a própria vida. A criminalidade criou uma cultura
ética que não valoriza a vida em si. Para esses desprezíveis criminosos,
assaltantes, matadores de aluguel e ladrões em geral, matar faz parte
do seu ofício; uma vida vale o seu “ganha-pão”.
Essa
caraterística da crueldade surge como uma consequência da banalização
do crime em geral. Não enxergamos um controle específico e eficaz para o
crime; o combate é sempre o mesmo, para todos os tipos de crimes:
Precário e ineficaz.
A
sensação de impunidade, atrelados a confiança de que não vão ser
punidos, os criminosos se sentem mais à vontade para cometer
barbaridades.
A
banalidade dos crimes de homicídio é algo que impressiona quem gosta de
viver... Matam jovens, matam velhos, matam pelo simples desejo de
matar... A impressão que temos, e que todos nós estamos na mira do
crime. Infelizmente todos estão na mira desses assassinos cruéis que
não escolhe hora e lugar para matar.
Santo
Estevão não é diferente na criminalidade e sim na impunidade que se faz
latente e vira cultura praticada por aqueles, cuja audácia sobrepuja as
leis.
A
sociedade e as famílias das vítimas desses assassinos sem nome, clamam
por justiça e esperam, pelo menos, que os culpados sejam identificados e
punidos exemplarmente. Esperam também, que as autoridades
policiais/judiciárias/executiva/legislativa saiam da inércia e partam
para uma ação conjunta em defesa da paz. Essa força tarefa, inclui
também, a sociedade organizada e Igreja de todos os credos. Afinal todos
são vítimas do mesmo inimigo.
Por Manoel Lobo
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