quinta-feira, 17 de julho de 2014

Elio Gaspari será um dos homenageados da 9ª edição do Congresso da Abraji

Neste ano, a tradicional homenagem que a Abraji realiza durante seu Congresso será dedicada ao jornalista Elio Gaspari, por toda sua contribuição ao jornalismo brasileiro. Na ocasião, será exibido um minidocumentário sobre a vida e obra do jornalista, produzido pela Abraji.
No início da carreira, Gaspari trabalhou como  como repórter na coluna de Ibrahim Sued, em O Globo.

Trabalhou no Jornal do Brasil de 1974 a 1979, tendo vivenciado episódios importantes no jornalismo brasileiro. Em 1977 cobriu a morte de Carlos Lacerda e, em 1978, no seu último dia como editor de política do Jornal, publicou, em 31 de dezembro, cinco páginas com a manchete "O regime do AI-5 acaba à meia-noite de hoje".  Todos haviam sido informados da decisão do Congresso Nacional de que no último dia do ano de 1978, terminaria a vigência do AI 5, mas só ele não se esqueceu.

Passou mais de 5 anos na revista Veja, onde foi correspondente em Nova Iorque e participou da cobertura da morte de Tancredo Neves, em 1985.

Desde 1996, Elio Gaspari é colunista na Folha de S.Paulo e publicou uma série de quatro livros sobre a ditadura militar brasileira: a ditadura “envergonhada”, “escancarada”, “derrotada” e “encurralada”. Os dois primeiros volumes, identificados como “As ilusões armadas”, receberam, em conjunto, o prêmio de melhor ensaio da Academia Brasileira de Letras em 2003. Para compor os livros, Gaspari utilizou 25 caixas com mais de 5 mil papéis, recebidos de Golbery do Couto e Silva – criador do Serviço Nacional de Informações (SNI) em 1964 e mais tarde chefe do Gabinete Civil do ex-presidente e general Ernesto Geisel –,  além de um acervo pessoal de outros documentos e entrevistas – ele colheu, inclusive, dezenas de depoimentos do próprio Geisel.

A homenagem a Elio Gaspari  fará parte da sessão especial de abertura oficial do Congresso, dia 24 de julho às 16h. Nesse painel, o cinegrafista Santiago Andrade também será homenageado in memoria. Ele foi morto durante a cobertura de um protesto no Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano.

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