quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Juiz Proíbe menores em festas sozinhos após 2h e impõe "toque de acolher" na Bahia


Os índices de violência na região que envolve o Povoado "Lagoa
Redonda",  município de Itapicuru-BA, a 225 km da Capital, na divisa
com Tobias Barreto-Sergipe, no nordeste baiano, levaram o juiz José
Brandão Netto a publicar uma portaria que decreta "toque de recolher",
ou "toque de acolher" como ele prefere chamar, na comunidade. De
acordo com a determinação, fica proibida a circulação de menores de 11
anos nas do Povoado, em ruas do Centro, bares e restaurantes após às
21h, caso estejam desacompanhados pelos pais ou responsáveis.
Ainda conforme o texto da portaria, maiores de 12 anos e menores de 15
anos só podem transitar pelas ruas após às 22 h se estiverem
acompanhados dos pais ou responsáveis.
Já os jovens entre 16 e 18 anos incompletos só poderão permanecer na
ruas, sem os pais ou responsáveis, até às 23h. Nos fins de semana
haverá uma tolerância de meia hora.
O magistrado acrescentou, também, que metade das ocorrência com
menores de 18 anos, registradas  no Conselho Tutelar, provêm do
mencionado distrito que possui cerca de 9 mil habitantes, " mas é como
se fosse uma bairro da cidade sergipana, contudo, se situa ao lado da
divisa, no Estado da Ba, a 30km da sede do Município baiano",
salientou o juiz.
Outra proibição, que vale para todo o município de Itapicuru-BA, é que
não será permitida a presença de menores de 18 anos, desacompanhados
dos pais ou responsáveis, após às 2h da madrugada nos principais
eventos e festas do município
De acordo com alguns depoimentos de moradores da região, é comum
crianças consumirem álcool sem que haja nenhum controle das famílias,
inclusive na direção de veículos. Essa prática estava contribuindo
para que houvesse um aumento considerável furtos e baderna nas ruas da
cidade. Há relatos do Conselho Tutelar local de que os menores têm se
exposto a ações de traficantes e à exploração sexual.
A iniciativa do juiz de Itapicuru é baseada no artigo 70 do Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece: “É dever de todos
prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e
do adolescente.” Nos artigos seguinte o mesmo texto diz: Artigo 71 — A
criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer,
esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem
sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Artigo 72 — As
obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção especial
outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
Por outro lado, o ECA, em seu artigo 249, diz que quem descumprir a
ordem judicial, em caso de reincidência, pagará multa de 3 a 20
salários-mínimos.
Medida similar foi adotada pelo mesmo juiz em Santo Estêvão-BA, em
2009, tendo, segundo dados da Justiça, reduzido a violência juvenil em
40% nos anos de 2009, 2010 e 2011.
A medida entra em vigor no próximo dia 08/11.
Com informações da assessoria do Magistrado.

Clécia Rocha da Assessoria

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Veja os 13 cargos para pessoas de 20 a 30 anos com maior aumento de salário

Dos 204 cargos analisados no levantamento, 80% mostraram remuneração superior à verificada em 2012. 16% das profissões consultadas estão com os mesmos do ano passado, e apenas 4% dos cargos registraram rendimentos inferiores aos verificados em 2012.  "Apesar do atual cenário econômico, as empresas estão ampliando seus investimentos para contratar ou reter talentos. Aqueles que são mais experientes foram os que tiveram os maiores ganhos, mas de uma maneira geral os profissionais que atuam em cargos técnicos e de suporte à gestão tiveram ganhos em seus rendimentos", afirma Roberto Picino, diretor da Page Personnel, em nota.
Segundo a pesquisa, 20 cargos entre os consultados apresentaram alterações significativas nas faixas salariais. Deles, 13 conquistaram aumento e sete tiveram seus rendimentos reduzidos.
Veja os cargos que tiveram os maiores aumentos salariais:
Cargo20122013
Coordenador de comunicação (TI)R$ 6.000R$ 7.200
Analista de planejamento sênior (SP)R$ 6.500R$ 7.500
Coordenador fiscalR$ 7.500R$ 8.500
Business partner sênior (SP)R$ 7.000R$ 8.000
Técnico de segurança do trabalho sêniorR$ 4.300R$ 5.200
Analista pleno de trade marketingR$ 4.500R$ 5.300
Engenheiro de planejamento de obras sênior (S)R$ 7.200R$8.000
Analista de sistemas sênior (SP)R$ 7.400R$ 8.000
Engenheiro químico sênior (SP)R$ 6.400R$ 7.000
Analista júnior de remuneração e benefícios (SP)R$ 5.400R$ 6.000
Vendedor técnico júnior (SP)R$ 4.300R$ 4.800
Desenvolvedor/ programadorR$ 7.500R$ 8.000
Analista de supply chain (cadeia de suprimentos) sêniorR$ 5.800R$ 6.200

Agora confira os cargos que tiveram redução de rendimentos:

Cargo20122013
Gerente de escritório sêniorR$ 10 milR$ 9.000
Engenheiro de segurança do trabalho júnior (SP)R$ 5.300R$ 5.000
Consultor SAP júnior (SP)R$ 3.800R$ 3.500
Profissional de marketing para indústria B2B (SP)R$ 5.500R$ 5.200
Técnico em edificações júnior (SP)R$ 3.500R$ 3.300
Analista de comércio exterior sênior (RJ)R$ 4.800R$ 4.600
Engenheiro de manutenção sênior (Campinas)R$ 6.000R$ 5.900

Maioria das agressões contra imprensa partiu da polícia, diz associação

A maioria das agressões feitas contra a imprensa desde junho deste ano, quando começou a onda de manifestações pelo país, partiu da polícia, segundo levantamento da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).
A instituição contabilizou 102 casos de agressão a repórteres e fotógrafos de junho até hoje em todo o Brasil. Segundo o diretor da Abraji Guilherme Alpendre, a maior parte dos ataques (77) foram feitos pela polícia. Em 25 dos casos a violência partiu de manifestantes.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (28), em coletiva feita antes de manifestação para protestar contra agressões à imprensa. O ato, realizado na praça Roosevelt (centro de São Paulo), foi organizado por entidades de jornalistas e contou com a presença de cerca de 40 profissionais.
Dois dos casos de violência contra a imprensa foram revelados durante a coletiva e se referem aos ataques contra os fotógrafos Gabriela Biló, da agência Futurapress, e Mauro Donato, do site Diário do Centro do Mundo. Eles dizem que foram agredidos pela polícia durante a cobertura do protesto contra o leilão do campo de Libra do pré-sal, na semana passada.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Guto Camargo, reconheceu que a ameaça não parte apenas de policiais, mas evitou fazer críticas à violência dos manifestantes contra a imprensa. "Se a maioria das agressões parte da polícia, nós temos que nos proteger primeiro da polícia."
"Desde a ditadura não acontecem tantos atos contra jornalistas. A agressão pelo Estado não pode ser tolerada porque é obrigação dele proteger o trabalho do jornalista", completou.
Também presentes no evento, Adriano Lima, profissional ferido em manifestação na semana passada, e Esdras Martins, secretário da Arfoc (Associação dos Repórteres Fotográficos de São Paulo), defenderam uma melhor identificação dos membros da imprensa durante protestos e a realização de treinamentos para jornalistas e policiais. Lima já participou de uma reunião com o comando da PM paulista para discutir essas questões. O próximo encontro está marcado para o dia 5 de novembro.
O grupo pretendia marchar da praça Roosevelt até a Secretaria de Segurança Pública do Estado, também no centro da capital paulista, para entregar um documento em protesto às agressões policiais contra a imprensa. Contudo, os manifestantes desistiram ao descobrir que não haveria servidores no local por causa do feriado do Dia do Funcionário Público.
OUTRO LADO
Procurada, a PM de São Paulo disse que investiga todos os casos denunciados com a participação do Ministério Público.

Para Lula, imprensa “avacalha” a política


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Em Brasília, Lula aproveitou para elogiar Sarney (Imagem: Agência Senado)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu a importância da atuação do senador José Sarney (PMDB-AP) na convocação da Assembleia Nacional Constituinte, ao receber a Medalha Ulysses Guimarães durante a solenidade em comemoração aos 25 anos da Constituição de 1988, no Senado, nesta terça-feira (29).

“Quero colocar sua presença na Presidência [da República] no momento da Constituição em igualdade de forças com o companheiro Ulysses [Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte], porque, em nenhum momento, mesmo quando o senhor era afrontado no Congresso, o senhor não levantou um único dedo para colocar qualquer dificuldade aos trabalhos da Constituinte, e certamente foi o trabalho mais extraordinário que o Congresso já viveu”, disse Lula.
Lula destacou que a negação da política pode levar o país a regimes autoritários. “Na história deste país, se a juventude lesse a biografia de Getúlio Vargas, de Juscelino Kubitschek e outras biografias, provavelmente não iriam desprezar a política, e muito menos a imprensa ia avacalhar a política como avacalha hoje. Não há nenhum momento da história, em nenhum lugar do mundo, que a negação da política tenha trazido algo melhor do que a política. O que aparece sempre quando se nega a política é um grupo praticando, na verdade, a ditadura”, afirmou
Edição: Beto Coura

Abraji participa de ato contra agressões a jornalistas

A Abraji participou na segunda-feira (28) de uma coletiva de imprensa seguida de uma manifestação contra os casos de violência direcionada a jornalistas durante os protestos dos últimos meses pelo Brasil. A entrevista contou com a presença do presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), José Augusto Camargo, da Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado de São Paulo (Arfoc/SP), Inácio Teixeira, do diretor-executivo da Abraji, Guilherme Alpendre, e do fotógrafo  Sérgio Silva, que perdeu a visão de um dos olhos após ser atingido por uma bala de borracha no dia 13 de junho.
“Vejo isso (manifestação e coletiva) como força e visão de classe para se colocar contra estes atos de violência”, classificou o fotógrafo, que passa por um momento de reabilitação para voltar às suas tarefas diárias. Aos jornalistas presentes, Silva contou que passou a ter dificuldades para usar o transporte público e realizar outras tarefas diárias. “Fui quem saiu com o pior trauma dessa violência. Perdi meu olho, que era meu instrumento de trabalho”, disse.
Durante a coletiva, outros dois novos casos de agressão foram revelados: Gabriela Biló, da Futura Press, e Mauro Donato, do Diário do Centro do Mundo, ambos agredidos no dia 21 de outubro por policiais militares. Do total de casos (102), 77 foram protagonizados por forças policiais de acordo com levantamento feito pela Abraji.
De acordo com José Augusto Camargo, do SJSP, a escalada de violência que tem acontecido este ano no Brasil não é vista desde a ditadura militar.  “Nem na ditadura se concentraram tantos casos em um curto período de tempo como do primeiro semestre deste ano até aqui”, afirmou José Augusto, que acredita que a violência policial é resultado de uma dívida política da redemocratização. “A polícia brasileira não está adaptada à democracia contemporânea”, aponta o presidente do Sindicato dos Jornalistas.

Drogas, quando tudo sai errado

O homem até pode ser o animal mais racional do planeta, como vem sustentando há milênios alguns filósofos, mas, em determinados assuntos, que mobilizam medos profundos da espécie, conseguimos a proeza de fazer tudo absolutamente errado. Um caso notável dessa tempestade perfeita é a política de drogas.
Nos últimos 100 anos, o mundo embarcou na onda proibicionista, declarando guerra aos estupefacientes e prometendo livrar o globo da chaga da dependência.
Em termos econômicos, nunca fez sentido apostar na repressão. Por razões matemáticas bastante precisas, o tráfico é um delito contra o qual a atuação policial é pouco efetiva. Ao menos em teoria, o sujeito que vai cometer um crime faz uma análise de riscos e benefícios. Ele calcula a chance de ser preso e a sopesa contra o lucro esperado. O papel da repressão é elevar o risco de aprisionamento, de modo que o perigo para o bandido supere o prêmio presumido.
O sistema funciona relativamente bem para crimes como roubo a banco, nos quais o valor do benefício não é afetado pela ação da polícia. No caso das drogas, entretanto, a repressão aumenta o risco para o traficante, mas também a recompensa, pois os preços dos entorpecentes tendem a subir sempre que o cerco se fecha.
O resumo da história é que investimos bilhões de dólares em unidades de combate ao tráfico que são intrinsecamente ineficientes e ainda tendem a aumentar os lucros e o poder de aliciamento dos barões da droga.
E a conta das despesas está apenas começando. Aos gastos com polícia devemos acrescentar as verbas destinadas a tratamento médico para os dependentes --o que pelo menos vale como uma boa ação-- e aos presídios, cada vez mais apinhados de condenados por delitos relacionados a drogas.
Nos EUA, núcleo duro do proibicionismo, cerca de 500 mil dos 2,3 milhões de encarcerados estão nessa categoria. Só a manutenção dessa fatia específica dos presidiários consome US$ 12 bilhões anuais. E, diferentemente do que ocorre em relação ao tratamento médico, não dá para afirmar que a ação reverta em benefício da população afetada, muito pelo contrário. Os estudos mostram que a cadeia é um instrumento de baixa eficácia na recuperação do delinquente, mas quase perfeito para destruir o futuro de um jovem. Quem vai parar em uma, mesmo que por uma bobagem como vender um pouco de maconha para os amigos, corre o sério risco de ficar para sempre frequentando intermitentemente esse tipo de ambiente.
O único argumento de peso em favor de uma política mais dura para as drogas é o de que, se adotarmos o "liberou geral", sobreviria o caos, já que a prevalência global do uso de drogas ilícitas, hoje estimada pela ONU em algo entre 3,6% e 6,9% da população adulta, tenderia a explodir quem sabe até batendo os mais de 40% dos usuários de álcool. Obviamente, seria natural esperar que, nessa situação, o número de dependentes também aumentaria expressivamente.
Pois até essa noção, que parece irresistivelmente lógica, vem sendo contestada nos últimos anos. Como já tive ocasião de mostrar neste espaço, existem duas "escolas" de pensamento.
Para os cientistas que gostam de frisar os aspectos bioquímicos da dependência, não há limite para o vício. Se submetermos uma dada população de ratos (ou pessoas) a um regime de ingestão forçada de cocaína ou álcool, teremos, ao cabo de poucas semanas de uso contínuo, 100% de dependentes, que experimentarão tolerância, "craving", síndrome de abstinência na retirada e demais sintomas clássicos. Uma outra corrente de pesquisadores, entretanto, sustenta que, em condições "naturais" (isto é, sem que se submetam as infelizes cobaias à dieta do pó e da cachaça), os números ficam bem mais modestos.
Essa linha ganha um importante apoio com a publicação nos EUA de "High Price: A Neuroscientist's Journey of Self-Discovery That Challenges Everything You Know About Drugs and Society" (preço alto: a jornada de autodescoberta de um neurocientista que desafia tudo o que você sabe sobre drogas e a sociedade), de Carl Hart.
Trata-se de um livro singular. Hart é neurocientista e professor de psicologia em Columbia, uma das mais prestigiadas universidades dos EUA. Desenvolve, como veremos, interessantes pesquisas sobre o comportamento de dependentes. Mas ele também é negro, nascido na pobreza, que viveu toda a juventude nos piores bairros de Miami e que flertou bem de perto com o tráfico e outras modalidades criminosas. Em "High Price", o autor combina sua rica experiência pessoal com dados estatísticos e os novos trabalhos científicos sobre drogas para sustentar que quase todas as ideias comumente aceitas sobre o problema estão erradas.
Evidentemente, nem vale a pena tentar resgatar aqui os aspectos biográficos da obra. Basta registrar que ele consegue imprimir ao texto um tom romanesco, que nos faz querer ler tudo numa sentada só. Em relação aos argumentos utilizados, há vários que merecem ser destacados.
Para começar, Hart mostra que devemos desconfiar de quase tudo o que nos ensinam sobre drogas nas campanhas de prevenção, que geralmente estão baseadas mais em mitos do que em boa ciência. Você já deve ter ouvido, por exemplo, que basta usar crack uma vez para tornar-se um viciado maltrapilho que terminará seus dias na sarjeta.
Bem, é mentira. Mais de 75% dos usuários de crack, a exemplo dos de heroína e outras drogas tidas como especialmente perversas, jamais se torna dependente da substância. Se queremos entender o problema de forma completa, não podemos perder de vista o espaço amostral. Os cientistas passaram as últimas décadas olhando tão de perto para os casos patológicos que deixaram de considerar a ampla maioria de usuários que não tem sua vida significativamente prejudicada pelo hábito.
Hart traça a origem do mito do vício fatal às teorias de Roy Wise e George Koob de que todas as drogas, independentemente de seu princípio ativo, atuavam sequestrando os centros de prazer e recompensa, notadamente o nucleus accumbens, que se veria de tal forma estimulado por megatorrentes de dopamina que não permitiria ao cérebro fazer outra coisa que não concentrar-se em conseguir a próxima dose. Por ela, o sujeito mataria e se prostituiria.
A ilustração desse mecanismo seria o célebre experimento de James Olds e Peter Milner dos anos 50 em que ratos que tinham a oportunidade puxar uma alavanca que acionava descargas elétricas que, através de eletrodos implantados em seus cérebros, estimulavam a liberação de dopamina nos centros de prazer se empenhavam tanto nessa tarefa que cessavam todas as outras atividades, incluindo sexo e alimentação. Eles morriam, no que seria um modelo para os perigos do vício.
Segundo Hart, essas experiências foram reproduzidas e verificou-se que sua descrição fora um pouco exagerada. Não eram todos os ratos que caíam nessa. Na verdade, em geral só embarcavam no comportamento patológico, seja ao puxar alavancas, seja servindo-se à vontade de uma piscininha de heroína açucarada, os indivíduos que haviam passado por forte estresse (algo comum entre cobaias de laboratório). Se os ratinhos tinham a oportunidade de brincar numa espécie de "Disney World" murídea e interagir com seus semelhantes, procuravam bem menos os estímulos artificiais.
Na verdade, avanços na neurociência mostraram que as coisas são muito mais complicadas do que se supunha. A dopamina está longe de ser o único neurotransmissor envolvido nos mecanismos de vício. E ela também não está ligada apenas ao prazer, sendo acionada inclusive em situações de dor e repulsa. (Ela tem muito a ver com o aprendizado, inclusive por meio de experiências negativas).
Para Hart, não dá para pensar o problema das drogas desvinculado do contexto social em que ele ocorre. Analisando sua vida retrospectivamente (e com todas as limitações de evidências anedóticas), ele conclui que tudo o que costumamos atribuir ao universo do vício já ocorria em sua família sem a concorrência de drogas (exceto, é claro, o álcool), aí incluídas situações de violência doméstica, lares desfeitos, abandono escolar, envolvimento com crime, pobreza etc. Drogas como o crack podem certamente agravar tudo isso, mas não são sua causa.
O autor, contudo, vai ainda mais longe e numa série de experimentos de sua própria lavra, revela que mesmo viciados daqueles que diríamos estar no fim da linha conservam a capacidade de fazer escolhas racionais.
Para mostrar isso, ele recrutou dependentes que topassem passar algumas semanas vivendo num hospital em troca de tóxicos grátis. Tudo, é claro, com licença especial do governo para fornecer drogas a voluntários humanos no contexto de pesquisas. Hart conta que conseguia até imaginar as manchetes dos tabloides se tomassem conhecimento de seu trabalho: "trafica usa dinheiro de impostos para dar a crackentos e outros viciados o que eles querem".
Bem, o experimento consistia em fornecer logo pela manhã a cada paciente uma dose que podia ser aleatoriamente generosa, muquirana ou um mero placebo. À tarde, o sujeito deveria decidir se iria repetir a ração matinal de seu estupefaciente favorito ou trocá-la por uma quantidade de dinheiro ou vales-compras.
Como o sagaz leitor já deve ter percebido, quando a dose "valia a pena" os "junkies" tendiam a repeti-la; quando não, optavam pelas alternativas com valor pecuniário. É exatamente o que faria um agente econômico racional. É mais um golpe poderoso contra o mito de que viciados fazem tudo o que estiver ao seu alcance para obter a droga.
E onde isso nos leva?
Bem, a política proibicionista hoje adotada é um contrassenso econômico, é extremamente ineficiente, prejudica o futuro de parcela expressiva dos jovens (e com claros vieses racistas) e se baseia em má ciência. O mistério é por que ainda a sustentamos. E a única explicação vagamente racional é que temos um medo tão irracional delas que fazemos tudo errado, com muito gosto.
PS - A fim de dedicar mais tempo a um projeto literário, suspendo por alguns meses a coluna online das quintas-feiras. Os textos da versão impressa continuam normalmente.

Mas afinal, o que é inteligência?

Isaac Asimov

Quando eu estava no Exército russo, fiz um teste de aptidão, solicitado a todos os soldados, e consegui 160 pontos. A média era 100.Ninguém na base tinha visto uma nota dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal..
(Não significou nada – no dia seguinte eu ainda era um soldado raso da KP – Kitchen Police, que trabalhava na cozinha)
Durante toda minha vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também achavam isso.
Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha?
MEU MECÂNICO
Por exemplo, eu conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses, acho que não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais inteligente que ele.
Mas, quando acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos.No fim, ele sempre consertava meu carro.
Então imagine se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico.Ou por um carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um acadêmico… Em qualquer desses testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria mesmo considerado um ignorante, um estúpido.
Em um mundo onde eu não pudesse me valer do meu treinamento acadêmico ou do meu talento com as palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar alguma coisa complicada eu me daria muito mal.
A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo.

UMA BOA PIADA
Vamos considerar o meu mecânico, mais uma vez. Ele adorava contar piadas.
Certa vez ele levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou:
“Doutor, um surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma tesoura. Como o senhor acha que ele fez?”
Eu levantei minha mão e “cortei o ar” com dois dedos, como uma tesoura.
“Mas você é muito burro mesmo! Ele simplesmente abriu a boca e usou a voz para pedir.”
Enquanto meu mecânico gargalhava, ele ainda falou: “Tô fazendo essa pegadinha com todos os clientes hoje.”
“E muitos caíram?” perguntei esperançoso.
“Alguns. Mas com você eu tinha certeza absoluta que ia funcionar.”
“Ah é? Por quê?”
“Porque você tem muito estudo, doutor, sabia que não seria muito esperto.”
E algo dentro de mim dizia que ele tinha alguma razão nisso tudo.
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O extraordinário escritor russo Isaac Azimov, emigrado para os EUA, escreveu esta deliciosa crônica sobre a inteligência humana.  Azimov, falecido em 1992, aos 72 anos, legou-nos grandes obras de ficção científica, numa delas previu, com 20 anos de antecedência, o que seria a Internet

sábado, 26 de outubro de 2013

Claro TV cobra dívida inexistente a ex-cliente


Professor José Reis, revoltado com a CLARO

O professor José Reis, moradora do bairro Campo Limpo, em Feira de Santana, contratou há meses atrás o serviço da Claro TV, insatisfeito com o atendimento da empresa, o educador resolveu cancelar a assinatura.

Seguindo as normas burocráticas, a empresa foi até á residência do professor e recolheu o aparelho que retransmitia os canais.

 Segundo José Reis, o pedido de cancelamento foi solicitado em fevereiro de 2013, ele contou que depois de seis meses a Claro TV passou a ligar constantemente para o seu celular e posteriormente para sua casa. “A empresa liga cobrando  a quitação de um débito que não existe, e isso acontece todos os dias e várias vezes. O fato já está se tornando constrangedor”, disse 

 Para comprovar a situação constrangedora, o professor possui em mãos o número do protocolo das várias ligações e segundo ele, até os nomes dos atendes foram anotados.
Desde o mês de fevereiro o professor já possui o serviço de outra TV por assinatura.

Clécia Azevêdo

PSDB vai ao TSE contra cubanos em propaganda do PT

 
PSDB vai ao TSE contra cubanos em propaganda do PTO PSDB vai pedir na próxima semana ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o PT perca o direito a propaganda partidária na televisão e no rádio no primeiro semestre de 2014 por ter usado um médico cubano na peça que foi ao ar nesta quinta-feira (24) em rede nacional. O Código Eleitoral considera crime a participação de estrangeiros em atividades partidárias, mas não prevê punição ao partido. Será pedida ainda a aplicação de multas ao PT e à presidente Dilma Rousseff por campanha antecipada. O vice-presidente petista, Alberto Cantalice, atribui a ofensiva tucana à dianteira de Dilma nas pesquisas para 2014. A propaganda veiculada na noite de quinta teve o programa Mais Médicos como um dos destaques. O médico cubano Sael Castillo, que atua na cidade de Poço Redondo (SE), aparece na peça atendendo a uma paciente, dizendo ter 25 anos de experiência e que está no Brasil para "trabalhar muito". O Código Eleitoral prevê pena de detenção de seis meses e multa a estrangeiro que participar de "atividades partidárias, inclusive comícios e atos de propaganda". A mesma pena se aplica a emissoras que autorizarem a transmissão de tal participação. Não há previsão de punição para o partido que se beneficiar. O advogado do PSDB, Afonso Assis Ribeiro, afirma que não pedirá punição ao médico, focando a ação no PT. "Ao médico eu posso dar o benefício da dúvida porque é estrangeiro, está há pouco tempo no Brasil e pode não ter o conhecimento de todas as leis, mas o PT não tem esse benefício e tinha a obrigação de saber que isso não é permitido", afirma.

Morre presidente da ABI Maurício Azêdo

Foto: Fernando Frazão/ABr
Morre presidente da ABI Maurício Azêdo O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), jornalista Maurício Azêdo, morreu na sexta-feira (25) aos 79 anos de idade, de insuficiência cardíaca, no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, onde estava internado há duas semanas. O corpo é velado desde as 8h deste sábado (26) no Memorial do Carmo e o enterro está marcado para as 16h no Cemitério São Francisco Xavier. Nascido na capital fluminense em 1934, Oscar Maurício de Lima Azêdo era advogado formado em 1966 pela então Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. No exercício do jornalismo, iniciou sua trajetória em jornais do Partido Comunista Brasileiro (PCB), do qual era militante. Na imprensa, trabalhou como repórter, redator, editor e cronista no Jornal do Commercio, Diário Carioca, Jornal do Brasil, Jornal dos Sports, Última Hora, O Dia, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo, além das revistas Realidade e Manchete. A primeira eleição de Maurício Azêdo para a presidência da ABI ocorreu em 2004, para um mandato de três anos. Ele continuou à frente da entidade por mais dois triênios: 2007-2010 e 2010-2013. Informações da Agência Brasil.

Santo Estevão: Vereadores 'derrubam' projeto que regulamentava carga-horária dos comérciários

Regularizar o horário dos funcionários que trabalham no comércio de Santo Estevão. Foi com esse objetivo que o vereador Helder Cabral (PT), criou um projeto para regularizar a carga-horária de quem trabalha no comércio santo-estevense. Por Lei, o comerciário deve trabalhar 44hs semanais, no entanto, em Santo Estevão a maioria dos funcionários do comércio trabalham aproximadamente 50hs, isso sem ter direito as suas horas extras, que é garantida por Lei.
Durante três meses, comerciários da região esperavam por uma resposta da Casa da Cidadania, que na última quinta-feira (24), durante sessão ordinária, vereadores derrubaram o projeto. Na votação, estiveram presentes onze edis, dos quais dez votaram contra o projeto do vereador Helder.
Decepcionado com a reprovação dos colegas, o vereador Helder garante que voltará com o projeto no próximo ano.

Antônio Rocha

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Mulher desenvolve pênis após uso abusivo de esteroides

A britânica, conhecida como Candice Armstrong, de 28 anos, revelou a um jornal inglês que tomou tantos esteroides e anabolizantes que desenvolveu um “pênis” na vagina. Conforme matéria do Daily Mail, publicada pelo O Povo.
Em uma declaração Candice fisiculturista foi taxativa em e disse: “Eu virei um homem”. O desejo da fisiculturista pela radical transformação do corpo era tão grande que ela não pensou duas vezes antes de abusar de anabolizantes e esteroides. Hoje com o corpo completamente masculinizado a “mulher de pênis” se diz arrependida.
 
“Em nenhum momento quis me transformar em homem” declara Candice, e complementa dizendo que os efeitos colaterais foram: o desenvolvimento de pelos, o aparecimento de acne, e o surgimento de um “mini pênis” no lugar do clitóris. “Com o passar dos dias os seios também desapareceram”.
 
Foto: Divulgação / Daily Mail

Fifa libera venda de acarajé durante Copa do Mundo

Foto: Divulgação
Fifa libera venda de acarajé durante Copa do MundoApós várias discussões, a Fifa finalmente liberou a venda de acarajés na Arena Fonte Nova durante a Copa do Mundo de 2014. Durante o evento, que acontece entre 12 de junho e 13 de julho, seis baianas em trajes típicos trabalharão durante os jogos, a depender da demanda de cada partida. Elas ficarão em quatro pontos ao redor do estádio, fora das áreas de grande circulação e das catracas. Os acarajés serão preparados em fritadeiras elétricas em uma área externa e depois vendidos dentro da Arena. O acarajé sem camarão sairá por R$ 6, enquanto o com camarão custará R$ 8. Além disso, as baianas venderão bolinhos de estudante, abará e cocada. Para comemorar a liberação, as baianas prometem uma lavagem das escadas da Arena Fonte Nova no fim do mês.

MP-BA denuncia 27 integrantes de facção criminosa comandada do presídio de Itabuna

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou 27 pessoas acusadas por “associação para tráfico de drogas” em Itabuna, no sul do estado. De acordo com a denúncia do promotor de Justiça Olivan Costa Leal, a quadrilha de traficantes formava uma facção criminosa chamada “Raio A”, que era comandada de dentro do presídio da cidade, tendo como chefe Adailton Soares Sampaio, vulgo “Dai”. A denúncia foi feita com base na Operação Carilo, realizada pelo Departamento de Narcóticos (Denarc), que utilizou interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Segundo o promotor Olivan Leal, os telefonemas comprovam que o bando liderava o comércio de entorpecentes em uma comunidade conhecida como Baixa do Carilos, em Itabuna, contava com depósito de armas, praticava roubos e arquitetava homicídios. A ação resultou na prisão de vários integrantes da organização criminosa. Os planos de homicídios são revelados pelo menos em dois diálogos. Em um, dois dos denunciados falam sobre “uma recomendação para entrega de arma de fogo a ser utilizada num homicídio”, e no outro sobre o planejamento “do assassinato” do líder de uma facção rival. O promotor ainda registra que a quadrilha é responsável pela tentativa de homicídio que vitimou Valtercleve dos Santos Silva, no momento em que ele deixava a prisão, no último dia 28 de fevereiro.

STF nega pedido para anular julgamento do mensalão

STF nega pedido para anular julgamento do mensalãoOs ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram nesta quinta-feira (24) pedido feito por João Batista de Oliveira para anular o julgamento do mensalão. Morador de Suzano, no interior de São Paulo, ele se identifica como tradutor e intérprete e, apesar de não fazer parte do processo, alegou que o STF feriu o "devido processo legal" na ação que condenou 25 acusados de envolvimento no esquema de compra de votos durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Atualmente é um dos direitos e liberdades assegurados aos seres humanos livres, com repercussão geral, ver-se justiçado somente através do devido processo legal", afirma Oliveira na ação. Segundo o Portal Terra, o relator do habeas corpus, ministro Luiz Fux, analisou rapidamente o pedido em plenário e afirmou que não havia fundamento para seguir com o caso. Ele foi acompanhado por todos os outros magistrados. "Eventual nulidade em processo da competência desta Corte deve ser suscitada nos respectivos autos do processo do mensalão", justificou Fux. João Batista de Oliveira entrou com o pedido no Supremo no fim do ano passado, logo após o fim do julgamento do mensalão. Em abril, Fux rejeitou a ação em uma análise individual. Oliveira recorreu então às turmas da Corte, mas também teve o pedido negado. Em um novo recurso, o habeas corpus chegou ao plenário, onde foi rejeitado nesta quinta.

Nos pênaltis, Bahia perde e deixa Copa Sul-Americana

Nos pênaltis, Bahia perde e deixa Copa Sul-Americana
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Marcelo Lomba fez a parte dele. No tempo normal, quando o Bahia não jogou bem, fez inúmeras defesas importantes e garantiu o triunfo de 1 a 0. Mas, apesar da bela atuação, com direito a um pênalti defendido, o camisa 1 não evitou a eliminação do tricolor da Copa Sul-Americana, na noite desta quinta-feira (24), na Arena Fonte Nova.
Na decisão por pênaltis, o centroavante Souza e o volante Fabrício Lusa perderam, enquanto apenas o meia Cárdenas desperdiçou pelo Atlético Nacional (COL).

O Bahia, fora do torneio continental, foca apenas no Brasileirão. Domingo (27), às 15h, o esquadrão tenta se afasta da zona do rebaixamento contra o Atlético Paranaense.

Bahia sai na frente
O jogo não poderia começar para o time tricolor. Hélder teve liberdade para lançar William Barbio, livre de marcação pelo lado esquerdo, mas errou. Preferiu o passe para Obina, sem sucesso. No entanto, na sequência do lance, o camisa 30 se recuperou.
 
Hélder roubou a bola do zagueiro Henriquez, na entrada da grande área, e bateu no canto. Bahia 1 a 0. Neste momento, com o triunfo do esquadrão, o classificado seria conhecido na decisão por pênaltis.

O Atlético Nacional chegou com perigo pela primeira vez aos 12 minutos. Cárdenas lançou e deixou Guisao sozinho. O meia na hora da finalização foi surpreendido por Madson, afastando parcialmente o perigo. A jogada prosseguiu.  Cárdenas conseguiu cruzar mais uma vez e Dias, na hora do arremate, furou. Uma grande chance colombiana de deixar tudo igual em Salvador.

Marcelo Lomba salva
O Bahia, apesar da vantagem no placar, não estava bem.  Sofreu para encaixar a marcação e viu o Atlético Nacional dominar os primeiros 30 minutos. Aos 23, após cobrança de escanteio, Marcelo Lomba salvou. O zagueiro Nájera cabeceou no canto e o arqueiro espalmou. Novamente, aos 32, Marcelo Lomba trabalhou. Na tentativa de finalização de Duque, o camisa 1 do Bahia fechou o ângulo e defendeu.

O tricolor, depois do gol, só conseguiu levar perigo aos 37 minutos. Souza lançou William Barbio que, de fora, bateu cruzado. O goleiro Armani espalmou, mas o árbitro não viu o toque e marcou apenas tiro de meta.

Nacional continua melhor
Assim como no primeiro tempo, aos 5 minutos, o Bahia logo criou uma chance de ampliar o placar. Obina tocou de calcanhar e Jussandro entrou na área. Ao invés do toque para o meio, o camisa 6 encheu o pé e Armani defendeu. Por falar em defesa, quem apareceu e salvou de novo foi Marcelo Lomba. Aos 11, Bernal recebeu bom passe e entrou sozinho na grande área. Pensou, olhou e bateu em cima do goleiro tricolor. Outra fundamental intervenção do camisa 1.
 
Bahia não joga bem
Cristóvão mudou. Colocou Marquinhos e tirou Obina, reposicionando Souza mais à frente, de fato, como um centroavante. Pouco minutos depois, com incômodo muscular, foi a vez de Lucas Fonseca sair para entrada de Titi. Aos 22, o principal jogador do time colombiano, Cárdenas, exigiu outra boa defesa de Marcelo Lomba. O camisa 7 bateu de fora e goleiro do Bahia espalmou.

O Bahia repetiu a performance da primeira etapa. Criou pouco, errou muitos passes e levou inúmeros sustos, principalmente nos lançamentos de longa distância. Nem mesmo as três modificações surtiram efeito e o jogo, para torcida do Bahia, ganhou uma conotação de emoção.

O placar de 1 a 0, faltando dez minutos, levaria a decisão para os pênaltis. Aos 34, o tricolor conseguiu encaixar o contra-ataque. Anderson Talisca disparou com muito liberdade, mas, na hora de decidir o lance, nem tocou ou chutou. Perdeu a bola e uma chance de ampliar o placar. Dois minutos depois, nas costas de Madson, o Atlético Nacional quase empata. Valencia cruzou rasteiro e, dentro da pequena área, o centroavante Uribe furou.

Lomba milagroso
Em dois lances, aos 42 e 43, o goleiro do Bahia brilhou. Na primeira, Uribe entrou sozinho e bateu. Marcelo Lomba, mesmo caído, deu um leve desvio e mandou para escanteio. Na cobrança, o zagueiro Nájera cabeceou para o chão. A bola pingou no chão e tinha direção ao ângulo direito, mas lá estava o camisa 1. Marcelo Lomba se esticou e salvou o Bahia.

Antes do apito final, que levou a decisão para os pênaltis, Anderson Talisca levantou o torcedor tricolor. Arriscou de muito longe e passou perto da meta.

Pênaltis

Bahia: Marquinhos (O) - Souza (X) - Talisca (O) - Fabrício Lusa (X) - Fahel (O)
 
Nacional: Medina (O) - Cárdenas (X) - Valencia (O) - Uribe (O) - Bernal (O)
 
FICHA TÉCNICA:
Copa Sul-Americana – Oitavas de finais (volta)
Bahia x Atlético Nacional (COL)
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data: 24/10/2013
Árbitro: Diego Abal (ARG)
Auxiliares: Hernan Maidana e Ezequiel Brailovsky (ARG)
Gols: Hélder (Bahia)
Público: 9.408
 
Bahia: Marcelo Lomba; Madson, Lucas Fonseca (Titi), Demerson e Jussandro; Fahel, Fabricio Lusa e Hélder; William Barbio (Talisca), Souza e Obina (Marquinhos). Técnico: Cristóvão Borges.
 
Nacional: Armani; Nájera, Henríquez  e Murillo; Mejía, Medina, Guisao (Diaz), Bernal, Valencia e Cárdenas; Duque (Uribe). Técnico: Juan Carlos Osório.

Mesmo com redução do FPM, prefeito dá uma nova ‘cara’ á Ipecaetá



O prefeito Marcell vem trabalhando para dá uma nova 'cara' a Ipecaetá


Com mais de dez meses de gestão, a realidade do município de Ipecaetá, região localizada á 163 km de Salvador, capital baiana, já se apresenta de forma diferenciada em relação a gestões anteriores. Quem visita o município e já o conhecia de antes, já observa diferenças bem perceptíveis.
Para dá uma nova ‘cara’ a Ipecaetá, o prefeito Marcell Gomes (PMDB), vem trabalhando de maneira intensa e cumprindo o que garantiu durante a campanha.
Mesmo com a redução do FPM (Fundo de Participação Municipal), o gestor ipecaetense vem


trabalhando de maneira constante, e assim ele tem conseguido administrar o município e aos poucos proporcionar uma nova realidade á população.


Dificuldades
Fábrica de Concreto - Prefeito Marcell e seu vice, Besaliel
Com as dificuldades quem vem passando o município, a exemplo de redução da receita, o prefeito considera que tem feito milagre para conseguir administrar. “Durante a campanha pedir a todos que tivesse paciência, que o primeiro ano seria para arrumar a casa, mas mesmo assim, eu percebo que estamos fazendo milagre nesses primeiros meses de gestão, uma vez que já conseguimos várias coisas para o município, a exemplo das fábricas de costura e concreto, da coleta seletiva, das quadras poliesportivas e várias outras coisas”, disse Marcell.
Segundo o prefeito Marcell, muitos são os planos para Ipecaetá, conforme ele, o que está sendo possível, ele vem fazendo. “Para esse ano ainda nós temos inauguração do CREAS, CAPS, reforma e ampliação do hospital, publicação de licitação para construção de um Ginásio de Esportes e muito mais”, pontuou.
 Outra dificuldade enfrentada pelo prefeito foi a realização do Concurso Público, que se tratou de uma imposição da justiça, onde o gestor foi obrigado a demitir todos os contratados. “Foi muito difícil ter que demitir todas as pessoas, mas esse foi o primeiro concurso público em 51 anos de emancipação política e hoje nós já temos funcionários efetivos na prefeitura”, frisou Marcell.

Clécia Rocha
Jornalista em Formação