Além de planejarem a venda de frutas em uma “Feira da Sobrevivência” na Praça da Piedade nesta quinta-feira (3), os professores estaduais grevistas que acampam na Assembleia Legislativa da Bahia contam com a ajuda – inclusive financeira – de outras entidades de classe para permanecer no local o maior tempo possível. Segundo Marilene Betros, vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), as doações variam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Em entrevista ao Bahia Notícias na tarde desta quarta (2), ela contou que a ajuda também inclui alimentação. “Cada dia um sindicato se reveza”, afirmou. Entre as organizações que prestam ajuda à APLB, de acordo com Marilene, estão os sindicatos estaduais dos Policiais Civis (Sindipoc), dos Servidores da Fazenda (Sindsefaz), dos Servidores do Poder Judiciário (Sinpojud) e dos Médicos da Bahia (Sindimed), entre outros.
Ela relatou também que partidos políticos – ou representantes de legendas como o PSB, o PSC e o PCdoB – teriam prestado auxílio ao movimento. Porém, questionada se houve doação em dinheiro, a dirigente não foi direta: “Tem ajudado com tudo que é possível”. A vice-coordenadora da APLB garantiu ainda que a paralisação continuará enquanto não houver decisão de retorno em assembleia. Perguntada se o corte do ponto dos professores não poderia desestimular os docentes, Marilene apostou em um efeito contrário. “Tivemos uma demonstração hoje na Assembleia de que o corte aguçou a raiva dos professores”, apostou. Em conversa com a reportagem, diversos grevistas reiteraram que não tiveram acesso aos seus contracheques e reclamaram da postura do governo. “A greve é um direito do trabalhador. Não dá para dizer que não se negocia com quem está em greve”, criticou a dirigente da APLB.
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