A fase é de conhecimento pessoal mais aproximado, troca de ideias
entre iguais – afinal são ambos produto das urnas – e salamaleques no
nível que se admite entre homens públicos, mas só a realidade dirá como
serão as relações e os projetos necessariamente comuns a ocorrer entre o
governador Jaques Wagner e o futuro prefeito de Salvador, ACM Neto.
Houve um tempo no Brasil em que a luta política não permitia esse
tipo de dúvida, pois era inimaginável que um presidente, governador ou
prefeito pudessem, deliberadamente, trabalhar contra os interesses
populares para combater o adversário, mas o regime militar, sobrepondo o
autoritarismo ao diálogo, afetou também a qualidade dos nossos
políticos.
Esperar-se-ia de um partido com os fundamentos do PT, agora que está
do outro lado do balcão, um comportamento republicano e democrático como
o que sempre cobrou em sua trajetória. Como em outros aspectos, a
exemplo da ética no trato da coisa pública, esse compromisso foi e
continua sendo reiteradamente quebrado, de fato não se sabe o que virá.
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