Rogério Costa, ex-prefeito |
O ex-prefeito de Santo Estevão, Rogério Costa (PT), tem se destacado na
região como uma liderança política. Isso foi assegurado pelo atual gestor
Orlando Santiago (PSD), que durante entrevista à Rádio Paraguassu FM enfatizou
que se Rogério ou ele não for candidato, não teria mais nome.
Mesmo com a crise enfrentada pelo Partido dos Trabalhadores, o ex-gestor
santo-estevense, procura fortalecer sua liderança na cidade. Conversamos com
ele para saber um pouco dos seus projetos e posicionamentos a respeito de
questões específicas:
Folha do Paraguassu: Como um político jovem, e que tem perspectiva de retornar para
prefeitura, o que a população mais carece atualmente?
Rogério Costa: Cabe a um candidato ou mesmo um gestor público, perceber a dimensão que
representa o plano diretor para a gestão pública municipal e assegurar a eficaz
aplicação de sua metodologia, que requer: a leitura da realidade municipal por
técnicos de diversas áreas do conhecimento atuando num processo
interdisciplinar; a leitura comunitária através de audiências participativas
regionalizadas; o desenvolvimento econômico e social do município, suas
tendências e potencialidades. Esse processo foi iniciado durante minha gestão
com a aplicação PPA Participativo (Plano Pluri Anual) e foi ele que orientou
nossas tomadas de decisões e assim que deverá ser.
FP: Como é manter a ética e a postura em uma
cidade que ultimamente tem acontecido várias situações desagradáveis envolvendo
líderes políticos?
RC: A ética é a base fundamental que condiciona uma pessoa de qualidade seja
político ou não.O gestor público tem muito mais do que dever, tem a obrigação
de seguir uma conduta ética e digna de sua representação política, e de todos
os setores econômicos e sociais, perante seus eleitores e perante a si próprio.
Muitos gestores não a levam em consideração, apresentando desvios de conduta
que se repercutem em: corrupção, abuso do poder, nepotismo, desvio de recursos
públicos, falta de decorro parlamentar, falácias e promessas enganosas, assédio
moral e inúmeras outras práticas abusivas, descabidas e ilícitas.
E todos os atos que são praticados em contradição aos princípios éticos,
de alguma forma, prejudicam a otimização dos resultados, e são praticados
contra a sociedade, contribuindo para firmar o descrédito da população.
FP: Na última eleição em que concorreu para
deputado, o senhor teve uma votação expressiva. O que isso significou?
RC: Antes de qualquer coisa, quero agradecer aos quase 20 mil eleitores que acreditam
nessa força e foram às urnas demonstrar seu apoio a nossa candidatura. Agradeço
a todos os companheiros que voluntariamente dedicaram tempo e esforços nesse
projeto. Isso significa uma coisa muito simples, porém de grande importância na
minha vida que chamo de “Confiança Legítima”. Eu entendo que confiança
legítima defende a manutenção de atos administrativos, cujos efeitos se
prolongaram no tempo, gerando na população expectativa legítima de continuidade
e isso significa muito pra mim.
FP: O atual cenário da política nacional pode
contribuir de forma negativa para a política local?
RC: Estamos vivendo tempos difíceis na situação econômica do mundo, não só
no Brasil. Geralmente, quando a economia não está indo muito bem, o partido de
governo sente mais. Será necessário um processo de reconstrução da
credibilidade, algo que passa pela retomada do crescimento, pela definição de
um programa de governo que possa mostrar a retomada do futuro, pela
revitalização dos programas sociais, pela retomada de políticas industriais
eficientes. O governo tem todas as armas à mão. Para os próximos anos
temos que planejar muitas ações que visem o desenvolvimento municipal, as
políticas sociais, os componentes de políticas industriais modernas, os modelos
de parceria universidade-empresas, os próximos passos das políticas
educacionais. É necessário manter a coesão social e dar condições
minimamente para manter a qualidade de vida das pessoas.
FP: O prefeito Orlando Santiago fala em união de
todos os políticos para que haja uma eleição mais honesta. O que o senhor pensa
da hipótese?
RC: A eleição mais segura e honesta é aquela em que cada cidadão vota limpo!
Independente de união ou blocos políticos que escolhe seu líder é o povo
através do voto consciente. E o povo deve ter opções de escolha, precisa de
parâmetros comparativos para justificar suas decisões. A única união que desejo
e pretendo fazer é com os princípios de liberdade e prosperidade que sonho pra
minha terra. É chegada a hora de enfrentar sem temores ou hesitações os novos
desafios.
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