terça-feira, 17 de janeiro de 2012

OTAN PÕE FOGO NO GOLFO PÉRSICO


Por Almir Fonseca
Escritor e Advogado



Era no dia dezesseis de janeiro do ano
De um mil novecentos e noventa e um,
Prazo fatal dado pela Cristã Civilização,
Para início da guerra de libertação,
Do disputado e decadente PETROLEUM,
Vinte e quatro e cinco em Brasília,

Dezenove e tantas in U.S.A,
Duas e quarenta e cinco em Bagdá!
Sonhei com a Paz...
E a BBC de Londres,
Ludibriando a TV Globo,
Via Manchete, me fez dormir com a guerra,
Pois os homens, por seus chefões,
Escondendo suas sexuais frustrações,
Querem mostrar que são machões:
É que são ruins no amor,
E seus problemas querem resolver,
Através dos canhões!!!
E mais uma vez convenci-me,
Da cupidez e burrice,
Da masoquistica espécie humana,
Liderada pela raça ‘ariana’,
Da brutal e belicosa Europa insana,
Que, à americana irmanada,
Compram e adotam crianças,
Pra fazer sucata humana;
E, no entanto, malfadada,
Trocando um ‘tanque’ por um pulmão,
Se diz culta Cristã e lhana...
Não sabendo que destino
O futuro lhe aguarda!?
Quando todo o mundo sabe,
Que na ONU foi armado,
Um sinistro pacto monetário,
Ariano, eslavo, judaico, Cristão,
Em que os conferencistas,
De Cúpula e de cópula,
Certos do fracasso,
Do Socialismo ‘Judaico-Soviético’,
Se uniram, sob as bênçãos do dólar
E, em nome da LIBERDADE,
Para imolar o mundo ‘pigmeu’,
E ditar suas leis econômicas;

E nesse banquete de HIENAS?
De Bush, Gorgachew e Mitterrand,
A MORAL proscreveu:
Hitler, Mussoline, Turco e Judeu,
Capitalismo e Comunismo,
Irmãos Árabes do próximo Oriente,
Espectro de humildes Portenhos
E, até da ressureita HIROSHIMA,
Do ex-pacífico Império do Sol Nascente,
Todos mancomunados, cinicamente,
Pra te massacrar Bagdá!!!
Nesse ínterim, confesso,
Vi Lênin chorando dos sovietes a união,
Stalin vociferando
O Sputinik que lançou,
Em contraposição aos V-2 de Von Braun,
Da Alemanha de Helmut Khol!
Desesperados, desiludidos, vi Che, Fidel, Lumumba,
Kadaffi e Arafat, sentindo-se insulados,
Num mundo já dividido, demarcado!
Mais adiante, na minha elucubração,
“Sonhando, pensando e persistindo”,
Ví o velho MÁO;
Vislumbrei ainda, orando,
Ghandi, nas águas do Ganjes se banhando,
Em meio à feérica multidão,
Clamando pela Paz;
Pensei, maquinei, e, ensandecidos, vi
Tatcher, Truman, Hitler e Bush,
Quais Judas e Efíaltes traidores,
Olhando os Gracos, Spartacus, El Cids,
Crowels, Boliveres, Garibaldis,
Cristo, Lincolns, Robespierres e Tiradentes,
Nos Patibulos Universais!

Sem acreditar, até,
Ví Pio XII abençoando,
De Mussolini,  os fatais canhões,
Do grande Eixo
De tristes recordações.
Mais choroso ainda,
Espectral, desfalecido,
Vi Leon Trotski colossal!
E as bombas, foguetes e aviões,
Me acordaram com os clarões,
Cortando os sagrados Céus de Bagdá!
Bravo, religiosos e humilde povo iraquiano!
Servos de Maomé e Alá...
Bagdá, Bagdá,
Teu povo não há de calar,
As bombas não vão silenciar,
Tua fé no Korão, que te reerguerá,
Pois a Verdade está com Alá
E com a causa Árabe,
Que Sadam há de unificar!

Bagdá, terra de Nabucodonosor,
Dos Assírios e Babilônicos bíblicos,
Sadam Hussein é o teu guia, cujo nome ecoa
Por todo mundo Islâmico dalém,
Por seus feitos por esse puro,

Santo e reto povo, filho de AGAR,
Meiga e fértil, que por consôlo herdara apenas,
Um filho-ISMAEL-, um cantil, o Sol e o Céu,
E as sagradas areias do Deserto,
Que após milênios fecundaram,
O ouro negro invejado,
Que em 50 anos te equipararam,
Em ouro, imóveis e petrodólares,
Aos seis mil anos,
Que os teus irmãos amealharam,
Filhos de Isac,
Netos de Sara e Abraaão,
Esaú, agiota, vendendo
Sua lídima primogenitura,
 A Jacó, seu irmão,
Por um prato de lentilhas,
Donde a eterna inveja e usura,
Que , infelizmente, até hoje perduram,
Entre o ágil do vil ‘pecus’,
E o ouro negro da aparente estéril areia,
Que aos Árabes trouxe fartura!

Esta causa desta guerra,
Fratricida, desnecessária,
Que divide o mundo e tanto dura!

Donde concluir-se,
Que o ouro negro dividiu o mundo:
Civilização do Ocidente e do Oriente.
E, o Ocidente bárbaro, de raça branca,
Encabeçada pelos Yankes, para sobreviver,
Precisam de guerrear,
O Gôlfo Pérsico dominar
E o mundo, “por mais cem anos controlar”!
E tu, rústico e nômade Beduíno,
Que resististe ao frio e sol a pino,
Mantendo a posse desse rico torrão,
Como há de ficar?
Já que este Império vai
De Argel ao Paquistão,
Turquia, Palestina, Arábia, Irão,
Índia, Malásia, Indonésia,
Jerusalém, três vezes Sagrada,
Egito, Líbia, Jordânia, Sudão,
Pelos seis Continentes espalhados,
Unidos pela fé, Meca, Sangue e Moral,
Véu, areia, camelo, Corão,
O Simum, o sol, o Sal,
O Saara e o punhal!

Mas, basta de covardia!
A Sirena soa...
A população, espavorida,
Se esconde nos abrigos...
Lá fora a artilharia atroa,
É Bagdá que se esboroa,
Sob aviões e mísseis dos “Novos Bárbaros”:
Hunos, Vândalos, Francos,
Alamanos e Wikings, enfurecidos,
Que mudaram o palco de guerra,
Da Europa-Velha Meretriz-corrompida,
Para o Médio Oriente,
De prodigo passado recente
E cheio de fé!
Tendo Maomé à frente.

Assim, erguei-vos heróis da causa Muçulmana,
Levantai-vos guerreiros Palestinos!
“Chacal”, Kadaffi, Arafat,
Ali-Aka, bisonhos beduínos,
Mostrai a esses sicofantas,
Que a causa árabe não se quebranta
Com uma punhalada traiçoeira,
Pelas oito maiores Nações,
Em suas costas cravada,
Pois que vivem da explicação, rapina,
Armamento, dólar e cocaína.

Enquanto isso,
Eis que o confronto se aproxima,
Das forças do Bem e do Mal,
Das forças de salvação,
E das de Perdição,
Em que a VERDADE, fatalmente, triunfará,
Porque, como diz SADAM;
“Mãe de todas batalhas essa será”.
O Império do Mal se destruirá,
E aniquilado será SATÃ-USA-,
Pois o mundo, finalmente,
Por mil anos se libertará
E a Era de Aquario-Paz,
No Terceiro Milênio imperará!
E, no entanto,
Qual Império Romano,
Querem em todo o mundo se apresentar,
Com o slogam da Liberdade,
Pisando as Nacionalidades,
Corrompendo a mulher e a mocidade,
E a Justiça deles USA-implantar!
Bagdá, Bagdá,
Oito mil anos de Civilização,
Não hão de passar,
Só porque esses corsários,
Afeitos à arte de Nações sufocar,
-Cuba, Nicarágua, Granada e Panamá - ,
Para saciar sua sede inexaurível de dólar,
Querem, contra todo mundo culto, te espezinhar!
Mas esses Quakers Yankees, trogloditas,
Não hão de ferir a iraquiana terra bendita,
Com suas botas e moral violenta,
Porque o mundo há de se levantar!
Vez que o Ocidente, materialista e ateu,
Nada mais tem para dar,
Ao mundo decadente,
Que só no Islamismo e no Oriente,
Poderá se renovar,
Qual na Idade Média,
Século VIº da Era Cristã,
Deu-se o choque das Culturas,
De Carlos Martel e do Islam,
Sob a inspiração do grande Maomé.

Iraque, Iraque,
Berço da Civilização,
Teu povo sempre viveu,
Em eterna ebulição,
Caldeando, miscigenando,
E nunca rapinando, subjugando,
Discriminando, corrompendo, eliminando,
Como tem feito calculadamente,
O branco Nórdico e Irlandês,
Que a Europa saturou,
Suas fronteiras extrapolaram,
E todo o mundo contaminou...

Criando suspeitas e frias democracias,
Qual “Tio Sam”, Israel, Berlim, África do Sul,
Que menos servem a Deus,
Que ao sanguinário Belzebu!

Pan, Zeus, Odin, Rá,
Marte, Sol, Deus, Dieu,
Buda, Confúcio, Lao-tsé,
God, Dios, Jeovah, Cristo, Elí, Alá!
Deuses de todo o mundo,
Deuses do Ocidente e do Oriente,
Deuses da Paz e da guerra,
Do idealismo e do materialismo,
Vêde que a humanidade não escutou
A mensagem de Paz, que há milênios
Se mandou,
Optando pelo canhão ao amor!

Hebreus, Hebreus,
Povos que mais foram expugnados
Em Jerusalém, através da história,
Errando e perambulando,
Incertos pelo mundo,
Dizendo-se “Povo Eleito”,
“Raça Privilegiada”,
Num planeta em que, paradoxalmente,
Não possuem nada,
Salvo inteligente, ouro
E a crença em Jeovah,
E no Messias, que ainda há de chegar,
Vez que a Cristo esse grande povo,
Embora de cerviz duro, abjurou,
Porque, sem maiores paramentos
E montado num jumento,
Humildemente, em Jerusalém entrou!

Por isso, todas as portas se lhes fecharam,
JERUSALÉM detroçaram,
Os Continentes, um apêndice lhes negaram,
E vagaram, vagaram num eterno êxodo.
Até que,
Imprensados no Mar e no Oriente,
Na ante-sala do Mediterrâneo
E três Continentes,
Seu irmão, o prodigo aceitou,
Já que até o grão de areia,
O alvo e miraculoso deserto lhe negou;
Apesar de tudo,
Seu irmão Árabe o abraçou,
Voltando a ter o mesmo destino,
Que seu milenar irmão Palestino,
De quando, ali paternalmente, os abraçou.

Vários mil anos se passaram;
Finalmente os irmãos se reencontraram,
Com poderes e forças,
Para decidir os destinos do Mundo:
Um dono das maiores redes bancárias,
O outro, com mais de dois terços de combustível,
Com que fará a humanidade caminhar,
Além de dinheiro,
E milhões de braços para lutar;
E em meio a tudo isso,
Uma civilização Cristã, egoísta,
Cega, insensível, imoral
E decadente,
Que só sabe guerrear!!!
Por isso, agora eu canto,
De amor uma eterna canção,
Que vem do Velho Testamento,
O Evangelho, o Talmude e o Alkorão,
Já que a humanidade é só uma,
A terra, nossa TENDA comum,
E somos todos irmãos,
No berço e no Túmulo,
Na alegria e na dor:
 E só esta faz o homem voltar-se para Deus!
Visto que Maomé,
Completou a tarefa do Cristo,
Que o irmão judeu não aceitou,
Foi o último profeta;
E, com ele, a mensagem Divina encerrou!
Esse foi o período idealista,
Da divina inspiração,
O resto, salvo Joana Dárc e Nostradamus,
Só materialismo, hipocrisia, perdição.



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