terça-feira, 18 de agosto de 2015

KASSAB AFIRMA QUE BAIXO ORÇAMENTO PREJUDICA BANCADAS

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, apontou um dificultador para melhorar as relações com as bancadas parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal: "O orçamento é sempre finito". A bancada do PSD, partido presidido nacionalmente por Kassab, é uma das descontentes com o contingenciamento de verbas de emendas. "Temos trabalhado normalmente com os projetos atrelados às emendas parlamentares, que cumprem uma importante função na medida em que deputados e senadores trazem para Brasília as necessidades locais", disse o ministro das Cidades, em entrevista exclusiva para A Tarde, por e-mail.
 
Apesar da notória dificuldade de relacionamento e a perda de controle da base aliada pelo governo da presidente Dilma Roussef, Kassab sustenta que "a relação do governo com as bancadas vem se desenvolvendo de maneira cada vez mais positiva". O ministro das Cidades, entretanto, ressaltou que "não podemos nos esquecer que é salutar e correta a independência entre os três poderes".

Os cortes no orçamento anunciados em julho, por conta das medidas de ajuste fiscal, causaram uma redução de R$ 17 bilhões no montante previsto para investimentos - os valores anunciados em março davam conta de R$ 30 bilhões para obras neste ano. Por conta disso, o ministro disse que pode haver uma mudança nos prazos das principais obras.

"O que pode haver é um alongamento do prazo inicial, mas isso não é necessariamente um atraso, porque com a retomada do crescimento econômico, que acredito ocorrerá em prazo não muito longo, poderemos compensar eventual deslizamento de cronograma", argumentou  Gilberto Kassab.

O ministro ponderou que os investimentos serão realizados de acordo com o andamento de cada projeto e da disponibilidade orçamentária. "Nas obras de infraestrutura, como saneamento e mobilidade, o perfil é de longo prazo, entre três e quatro anos, no mínimo. Porque, além de complexas, demandam uma preparação trabalhosa, como remoção de interferências e desapropriações", exemplificou o ministro, que vê o esforço fiscal como ação necessária para que o país retorne à linha de crescimento econômico.

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