A juíza plantonista de Camaçari, Virgínia Silveira Wanderley dos Santos
Vieira, deferiu nesta sexta-feira (27) uma liminar que determina que a
prefeitura se responsabilize pelo tratamento médico-hospitalar da
estudante Stefany dos Santos, 8, que teve fratura exposta na perna
direita no último dia 9, após ser atingida por um portão de ferro que
desabou na escola onde estuda, Joana Angélica. A menina ficou internada
no Hospital Geral de Camaçari por oito dias, antes de ser submetida a
uma cirurgia.
De acordo com familiares da criança, além da demora para a cirurgia, o
tratamento oferecido à estudante foi inadequado. “Os médicos optaram
pela colocação de um fixador externo, com pinos transafixantes, quando,
de acordo com especialistas, a melhor opção seria uma escolha sem pinos
transfixantes ou a fixação imediata de uma haste intramedular”, afirmou a
advogada Isis Lobo, uma das autoras do pedido de liminar. Em sua
sentença, a juíza Virgínia Vieira determinou a substituição do fixador
externo pela haste e disse que o município tem de custear o tratamento
médico-hospitalar prescrito para a estudante pelo corpo médico,
incluindo-se eventuais cirurgias reparadoras ou plásticas necessárias ao
restabelecimento ósseo e estético da paciente, inclusive na rede
particular, caso não seja possível em unidades públicas. Ainda em sua
sentença, a juíza determinou que o município banque a alimentação
específica para a criança, uma cadeira de rodas para que ela se locomova
enquanto não puder andar e tratamento e sessões de fisioterapia. Além
do tratamento médico, a advogada Vivian Angelin, que também assinou o
pedido de liminar, informou que a família da estudante requereu
indenização.
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