Foto: Francis Juliano/ Bahia Notícias
Em um jantar de confraternização com a imprensa no Palácio Rio
Branco, na noite desta quinta-feira (19), o governador Jaques Wagner
(PT) falou abertamente sobre os sete anos de mandato, problemas e êxitos
da gestão e, claro, política e eleição de 2014. Após elencar inúmeros
pontos que considera positivos na administração que fez até aqui – como
as ações para levar água, educação e saúde para o interior – o petista
voltou a avisar que o candidato à sua sucessão, o chefe da Casa Civil,
Rui Costa (PT), que não precisa de um “defensor”.
No entanto, o chefe do Executivo baiano deixou claro qual deve ser o
principal foco da oposição. “Ninguém ganha eleição só vivendo do que já
tem. Já disse isso claramente ao candidato [Rui]. Ele não vai para a
campanha para ser o defensor do governador que está encerrando o
mandato. Já disse para ele que não se preocupe comigo que eu não sou
ciumento. Não acho que o papel dele é ser meu advogado durante a
campanha. O povo quer saber o que o candidato Rui Costa pode fazer pela
Bahia. Não estou dizendo que ele vai falar mal de mim, mas também não
tem que gastar o tempo [me defendendo]... A oposição vai bater. [...] Eu
sei me defender e tenho muita tranquilidade da caminhada que a gente
fez. Tem problemas na segurança, na saúde, tem uma porção de problemas.
[...] Segurança deve ser um dos pratos prediletos da oposição”, apontou o
governador. Para ele, é preciso, sim, mostrar o que feito para resolver
os problemas pela atual gestão, mas é essencial “ser portador de um
novo projeto político”. “O povo não julga pelo problema, o povo julga
pelo que a gente fez para superar o problema. Eu acho que ele tem que
dizer: ‘Olha, o esforço foi feito e agora minha tarefa será fazer isso
aqui’”, avaliou. Sobre o próximo movimento da chapa majoritária do
governo, que é a indicação do vice de Rui Costa – visto que o Senado
terá como candidato o vice-governador Otto Alencar (PSD)
– Wagner pregou calma, marcou o prazo máximo para a escolha até março, e
adiantou que a hora é de esperar a oposição. “Estou botando março
porque não tem que correr. As peças chaves estão colocadas e vão começar
a rodar o estado para ir trabalhando. Eu não tenho que jogar o jogo
completo antes que os outros. Vamos observar um pouco o território e
acho que não tem que apressar”, afirmou. O prazo bate exatamente com o
que definiu a oposição: lançar o candidato depois do carnaval.
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