Matamático britânico responsável por decodificar mensagens nazistas durante II Guerra Mundial foi condenado por seu país em 1952 por ser homossexual
Alan Touring, aos 16 anos. Britânico é considerado o pai da computação
(AFP)
O matemático britânico Alan Turing (1912-1954) recebeu nesta
terça-feira um perdão real, 59 anos depois de morrer intoxicado por
cianeto, decorrência de um processo de castração química ao qual foi
condenado pela Grã-Bretanha em 1952 por ser assumidamente homossexual –
na época, a prática de "atos indecentes" era punida criminalmente.
Durante décadas, a morte de Turing foi classificada como suicídio.
Estudiosos e biógrafos, no entanto, concluíram que o matemático morreu
de intoxicação em função dos remédios que tomava compulsoriamente para
cumprir sua pena.
Chris Grayling, ministro da Justiça, foi o responsável pelo pedido de
perdão. "Alan Turing foi um homem excepcional, com uma mente
brilhante", afirmou. "Ele contribuiu para pôr fim à II Guerra e salvar
milhares de vidas."
Durante a II Guerra, Turing trabalhou para o governo britânico
decifrando códigos de criptografia usados pelos nazistas. A equipe
chefiada por ele quebrou o código Enigma, usado pelas tropas de Hitler
para comunicação por rádio. A interceptação das mensagens, segundo
estimativas de historiadores, pode ter dado aos aliados a vantagem
necessária para encurtar a guerra em até dois anos.
Turing é um dos pais da "era da informação". Coube a ele lançar as
bases das ciências da computação. O indulto ao matemático encerra uma
campanha de vários anos, apoiada pelos principais cientistas do mundo,
caso do britânico Stephen Hawking.
VEJA
Nenhum comentário:
Postar um comentário