Como
já esperado, os “mijões e sujões” terão uma trégua durante o Carnaval.
Isso porque, embora a fiscalização comece nesta quarta-feira (28), os
“porcalhões” não pagarão multa no período da festa momesca. O anúncio
foi dado pela presidente da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador
(Limpurb), Kátia Alves.
De
acordo com a presidente da Limpurb, durante os sete dias de folia, são
produzidos, em média, 16 milhões de litros de urina - desse total,
apenas 4,8 milhões são recolhidos nos sanitários químicos. Ou seja: todo
o restante (11,2 milhões de litros) vai para as ruas.
“O
Carnaval é uma excepcionalidade. Não vou multar uma pessoa que está
bêbada e não tem o discernimento de suas ações. Ela é excludente de
culpa. Se eu multar, ela vai recorrer e vai ganhar”, afirmou.
Questionada sobre por que essa inexistência de culpa da pessoa que está
sob efeito de bebida alcóolica, Kátia disse que o Direito pode ter
vários entendimentos.
“Por
que a polícia não prende quem está urinando na rua, já que é um ato
obsceno passível de punição? A polícia finge que não vê, porque tem
crimes mais graves”, afirmou em entrevista ao Correio.
No
entanto, ela garantiu que, se algum mijão for flagrado em locais fora
do circuito, no Carnaval, ele será punido. Como solução, a gestora
afirmou que pretende dobrar o número de sanitários químicos nos
circuitos — no ano passado, foram 2,5 mil.
Ao
longo de todo o período momesco, os 40 fiscais que são responsáveis por
autuar os infratores da lei que pune quem suja a cidade serão
responsáveis apenas por orientar os foliões. “Só a presença física deles
perto dos locais de maior concentração já inibe (os mijões)”,
assegura.
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