O vereador Edvaldo Brito (PTB) colocou-se em defesa da preservação da
cultura das baianas de acarajé e da venda de quitutes tradicionais em
tabuleiros nas ruas de Salvador.
O assunto foi apresentado pelo presidente do coletivo de entidades
negras de uma Associação Beneficente, Marcos Rezende, durante a tarde
desta segunda-feira (09/09), em sessão ordinária na Câmara Municipal.
Segundo o representante, a tradição soteropolitana está ameaçada por
conta das novas normas decretadas pela Prefeitura e pela intenção de
subtrair o número de baianas na orla de Salvador.
"Quando se discute a tradição do acarajé, não posso deixar de me sentir
tocado pessoalmente. Aqui vou sempre defender as baianas de acarajé.
Quando menino fiz acarajé. Não é de um quitute apenas que estamos
falando. É de algo muito mais importante que é a religião dos terreiros.
Sou, sim, homem de axé, homem de orixá, e portanto defendo o acarajé
como algo importante em nossa liturgia. Não se reloca nem se reduz uma
pratica religiosa dessa forma", defendeu Brito.
Outros pontos do decreto do Executivo que são contestados pelas baianas
são a obrigatoriedade de montar toldos móveis e a não permissão de
pontos fixos de tabuleiros na cidade.
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