A mesma pesquisa do Ibope que mostrou queda no otimismo do brasileiro em
relação à política também revelou que 41% da população acredita em um
mundo melhor liderado, principalmente, por mulheres. A proporção é
quatro vezes maior do que a parcela de entrevistados com opinião
contrária - ou seja, que não concorda com a participação feminina na
gestão pública (9%). Apesar da eleição da presidente Dilma Rousseff em
2010, a primeira mulher a governar o país desde a Proclamação da
República, elas ainda são sub-representadas na maioria dos cargos
elegíveis brasileiros. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, em 2010
foram eleitas apenas 45 mulheres para as 513 cadeiras disputadas - ou
seja, 8,7% do total. Essa é uma das taxas mais baixas do mundo - o
Brasil está em 119º entre os 146 países analisados pela União
Interparlamentar (IPU). Nas prefeituras, a proporção é um pouco maior:
12% são comandadas por mulheres, um recorde histórico, mas longe de
representar a composição feminina na população adulta brasileira, de
53%.
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