Insatisfeitos
com os rumos da anunciada reforma ministerial e sem acordo para as
disputas nos Estados, dirigentes do PMDB vão pedir socorro ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar apaziguar a relação
com a presidente Dilma Rousseff. O clima de tensão entre o principal
parceiro do PT na coalizão será escancarado na noite desta quarta-feira
(15), em reunião do vice-presidente Michel Temer com a cúpula do PMDB em
Brasília. Lula está em férias, mas retornará às atividades no fim do
mês. Para uma ala do PMDB, somente o ex-presidente - articulador
político da campanha da reeleição de Dilma - pode ajudar a solucionar o
conflito. A nova crise começou porque, em conversa mantida com Temer na
segunda (13), Dilma disse a ele que não entregará ao PMDB o Ministério
das Cidades, hoje controlado pelo PP, e que também terá dificuldades
para substituir agora o afilhado do governador do Ceará, Cid Gomes
(PROS), na Integração Nacional. O indicado dos irmãos Gomes assumiu a
pasta em setembro, depois que o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, provável adversário de Dilma na eleição, entregou os cargos que o
PSB mantinha na equipe para ficar mais à vontade na disputa pelo
Planalto. Responsável pelas obras de transposição do Rio São Francisco, a
Integração é uma das pastas mais cobiçadas da Esplanada, com previsão
de orçamento de R$ 8,5 bilhões. Apesar de não ter batido o martelo sobre
o destino desse ministério, Dilma avisou a Temer que precisará abrigar
novos aliados no governo, como o PROS, o PTB e o PSD do ex-prefeito de
São Paulo Gilberto Kassab.
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