sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

PAPAI NOEL SÓ CHEGA EM JANEIRO NA "CABEÇA DA VACA”



Quartos onde acontecem os programas
Janeiro é um mês de baixo movimento para o comércio em geral, que aproveita para liquidar as sobras do grande volume de vendas característico dos meses de novembro e dezembro.
Já no Povoado da Cabeça da Vaca, a 160 Km de Salvador, a realidade é outra. Após o recesso festivo entre os familiares,  as ‘meninas’ que estão voltando são recepcionadas por uma ansiosa clientela carente de seus prestimosos serviços. Para muita delas, é hora de muito trabalho e boas recompensas.


O Bar da Cícera é sempre movimentado
Cícera Oliveira dona de um bar local conta que em fins de dezembro quando as meninas viajam, o movimento do seu negócio despenca. Mas, logo em janeiro refloresce com o alarido das ‘andorinhas' que voltam. Considera seu negócio um ponto ideal, onde os casais podem desfrutar de um momento de aconchego. Suas regras são rígidas; “o pagamento é antecipado, o valor total do programa varia de R$ 30,00 a R$ 50,00, acertado entre eles. Eu cobro R$ 10,00 pelo quarto. Quando saem eu entrego o restante para a garota".         

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A realidade de uma garota de programa   
'Galeguinha' frequenta a Cabeça da Vaca há dois anos
 Frequentadora do bar da Cícera há dois anos, a menina de programa conhecida como “Galeguinha”nos conta um pouco de seu cotidiano na “Cabeça da Vaca”:  “sou de Ipirá, estou aqui todos os finais de semana. O valor dos programas pode variar, tem homens que pagam R$ 30,00 e ainda ‘choram', acham caro. Em média faturo entre R$ 90,00 e R$ 100,00”, contou


Galeguinha tem 30 anos e diz que faz questão de ser clara com o cliente. “ Meu programa é rápido e não demore muito com seu orgasmo”, determina ela para seus clientes. Indagada como consegue se manter acordada a noite toda, diz que cheira cocaína: ‘não sou viciada, uso a droga mais como arrebite’.


Estudou até à primeira série primária. Espera encontrar alguém de que goste, que tenha sentimento e a considere como esposa. Aí sim deixará a prostituição!

Por Clécia Azevêdo



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