sábado, 19 de novembro de 2011

Em Olindina político ficha suja será descartado



Dário Sousa, morador
Faltando cerca de um ano para as eleições de prefeito e vereador alguns eleitores já se questionam sobre a campanha que foi desenvolvida pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em 2010, que pede a inelegíbilidade do político que tenha a ficha suja com crimes de corrupção, desvio de dinheiro público e outros.
Para o comerciante José Carvalho, o assunto ainda é pouco discutido na sociedade. “Aqui em Olindina mesmo é uma situação pouco discutida, acredito que quase toda a população não tem conhecimento de quem é ficha suja ou limpa, muitos eleitores votam as cegas”, ressaltou.
Ainda de acordo com Carvalho, a iniciativa da CNBB foi muito inteligente, mas ainda não se tem a divulgação necessária. “O caso deve ser melhor exposto para o eleitor afim de que ele tenha conhecimento de quem está colocando no poder”, salientou o comerciante.
Concordando com José Carvalho o motorista Dário Souza comenta que a população é quem tem o poder de deixar um político ficha suja ser eleito ou não. “Essas coisas acontecem porque a maioria dos eleitores não conhece o histórico político de quem está votando, se todos se alertassem, a coisa seria outra e esse povo não estaria no poder, uma vez que um político de nome sujo nunca vai conseguir fazer uma boa administração”, disse o motorista, enfatizando, “espero é que todos abram os olhos em 2012, analisem e procurem conhecer o perfil de seu candidato”.
Autoridades
O prefeito de Olindina, João Ribeiro, entende que para governar um município o político deve ter a ficha limpa. “A população deveria ter conhecimento de quem são os fichas sujas e fichas limpas de seu município, isso porque se o político já é acusado de cometer desvio de dinheiro público, não terá condição de administrar um município”, disse Ribeiro.
Negando a própria candidatura em 2012, Ribeiro declarou que o candidato apoiado pelo seu grupo deverá ter o nome limpo. “Vou ter meu candidato, mas só vou apoiar um que tenha ficha limpa, espero mesmo é que a Igreja continue com a campanha esse ano pois  quem desvia dinheiro público não pode ser candidato, não tem condições de administrar uma cidade”,  pontuou.
Segundo o prefeito Ribeiro, um dos motivos da sua não candidatura em 2012 é a realidade atual do quadro político. “Estou pensando em sair da política por causa de tanta sujeira, gostaria de saber até quando agüentaremos os fichas sujas, aqueles que roubam o dinheiro do povo”, acresentou.
Além do prefeito a reportagem do Folha do Paraguassu também conversou com um representante do Legislativo, o vereador José Terisvaldo (PR), conhecido como Dadinho. Ele afirmou que a candidatura do político ficha suja ou não nas eleições de 2012 é assunto que compete ao Supremo Tribunal Federal. “Em minha opinião quem deve julgar o fato é o STF, que é a Lei maior e entende do fato com mais propriedade”, disse.

Campanha da Igreja

Segundo o Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Feira de Santana, Dom Itamar Vian, os advogados da CNBB já estão recorrendo no Supremo Tribunal Eleitoral em Brasília, para que a Lei do ficha suja entre em vigor nas próximas eleições. “Para 2012, estão reservadas muitas surpresas para os candidatos fichas sujas, portanto, cabe a cada paróquia está realizando um trabalho de conscientização para que a pessoa tenha conhecimento de quem está votando, afirmo que a campanha vai continuar, para isso  contamos com a mobilização de todos os padres em suas respectivas paróquias”, contou o arcebispo.

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