Itana Muniz |
Dom Itamar Vian |
Já como postulante, que
é um dos períodos que toda mulher ou jovem que deseja ser religiosa tem que
passar para discernir a vocação, Itana, que é aposentada como professora nos
contou que a sua vocação foi despertada ainda jovem, porém ela tinha
prioridades na vida, que era cuidar da mãe, mas mesmo assim, ela ressalta que a
inquietação para vida missionária consagrada sempre se fez presente em sua vida.
Dinâmica, a postulante
que está em período de formação na Congregação que também fez parte o Anjo Bom
da Bahia, disponibiliza seu tempo para trabalhar com famílias carentes e,
sobretudo com reforço escolar para crianças, uma vez que a mesma já é
aposentada como professora.
“Idade não é o problema
para convivência, a cada dia que passo, eu aprendo com as mais novas e creio
que as mais novas também aprendam comigo. O que vale é a força interior que eu
carreguei durante esses anos todos e nunca permiti que o desejo acabasse”,
ressaltou.
Segundo o arcebispo
metropolitano Dom Itamar Vian, o ingresso de Itana Muniz na Congregação não é
uma situação comum, mas para ele, não é um fato anormal. “A decisão na vida de
uma pessoa não tem idade, ás vezes pode fugir da normalidade, porém no caso da
senhora que é postulante com 61 anos, a prioridade dela foi cuidar da mãe, e
isso é o correto”, disse.
Conforme o arcebispo,
toda Congregação Religiosa, antes de acolher uma pessoa para ser formada e se
tornar membro da Ordem, realiza antes todo um processo de conhecimento profundo
da vida de quem pretende ingressar na Congregação. “Todos os casos, antes de
definitivamente entrarem no Convento passam por um processo de investigação
muito séria e isso não importa a idade da pretendente”, explicou.
Para Dom Itamar, saber
viver em comunidade é um dos fatores prioritários para fazer parte de uma
Congregação Religiosa. “Uma pessoa que não consegue viver em comunidade,
certamente não conseguirá adaptar-se à vida religiosa, esse é um critério
primordial. O relacionamento com quem vive na mesma fraternidade, também é algo
que não depende da idade, isso é uma questão de respeito um com o outro”,
pontuou, finalizando, “fui ordenado bispo com 42 anos e estava em uma Diocese
que tinha padres mais velhos do que eu, logo, a questão de obediência não é e
não será um problema para quem sabe viver uma comunidade”.
Clécia Azevêdo
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