quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Bispo nomeado para Feira de Santana responde indagações da mídia local

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Atualmente respondendo como bispo da Diocese de São Mateus no Espírito Santo, Dom Zanoni Castro nos apresentou alguns posicionamentos que ele tem a respeito de determinadas temáticas, sobretudo a sua relação com a imprensa. Nesta entrevista, o bispo responde à repórter Clécia Azevêdo sobre a afirmativa de um jornal feirense quando o nominou como esquerdista.

1 - Qual a sua linha de trabalho? CEBS?
Estamos celebrando os 50 anos do Concílio Vaticano II. Participei com Dom Itamar da V Conferência de Aparecida e compreendo que as diretrizes da ação evangelizadora da Igreja do Brasil são orientações seguras para o nosso exercício pastoral. A Igreja, como nos tem pedido Aparecida, deve ser uma rede de comunidades, onde as pessoas são iniciadas na fé, se reúnem para ouvir a Palavra de Deus, celebrar os sacramentos e, sobretudo a Eucaristia. Cada comunidade cristã deve ser o lugar da acolhida, da diversidade dos carismas e da pluralidade do viver o Evangelho, sem dúvida, espaço privilegiado dos movimentos eclesiais, associações e pastorais! 


2 - Como acontece sua relação com a imprensa?

Desde o início do meu ministério tenho mantido um diálogo maduro e responsável com a imprensa, relacionamento de mútua colaboração!


3 - Um jornal de Feira de Santana disse que o senhor era esquerdista. O que tem a dizer da afirmação?

Faço minhas as palavras do Santo Padre Francisco: "quando falo em Terra, teto e trabalho chamam o Papa de comunista, mas estas questões estão no coração do Evangelho", são o cerne da doutrina social da Igreja!


4 - Qual a maneira que o senhor trabalha com a juventude? Acredita que ela deve ser mais valorizada na Igreja?

Compreendo a Juventude como a semente de renovação do mundo e da Igreja. Hoje precisamos dar respostas adequadas às novas situações que estamos vivendo. Nossa juventude precisa de um caldo grosso. Chega de alimentá-la com uma sopinha rala. A juventude precisa que a fé lhe seja apresentada de forma convincente, vigorosa e persuasiva!

5 - A realidade prisional é um fator preocupante para o senhor?

Desde o início do meu ministério tenho compreendido que precisamos desmistificar a concepção que a sociedade tem do homem e mulher encarcerados e partilho do olhar de humanidade e respeito como Jesus nos pediu! 


6 - Tem se observado uma escassez de vocações. O sr tem alguma ideia para alavancar a pastoral vocacional na Igreja?

Tenho uma experiência bastante exitosa da pastoral vocacional e do serviço animação vocacional da Diocese de São Mateus. Um trabalho muito sério e articulado que reúne os formadores, os padres e irmãs e todas as forças vivas da Igreja Diocesana.

7 - Qual o sentimento do senhor em ser designado para uma Arquidiocese na Bahia, uma vez que o senhor é daqui?

No primeiro momento de surpresa, mas de muita confiança e boa expectativa, tendo em vista a acolhida fraterna e carinhosa do senhor arcebispo e dos demais irmãos no episcopado, como também da parte dos irmãos presbíteros que me conhece.

8 - Uma avaliação que o senhor faz da relação movimentos sociais x Igreja?

Hoje, mais do que nunca, precisamos dialogar com os movimentos sociais, com a sociedade em geral e com todos aqueles de coração sincero. Precisamos aprender com o Papa Francisco quando coloca o seu ministério a serviço da construção de um mundo novo. Veja aí os frutos deste diálogo do Santo Padre. O seu protagonismo no histórico restabelecimento das relações entre Cuba e os Estados Unidos é um.

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