terça-feira, 16 de dezembro de 2014

QUANTO VALE UMA VIDA ?

 Qualquer coisa que se escreva sobre violência é café requentado, pois alguém já escreveu ou falou. Eu sei. Mas a quantidade de crimes e diversidade de barbárie em Santo Estevão, se agiganta e alcança índices intoleráveis.
A única coisa necessária para o triunfo do mal, disse Edmund Burke, é que os homens bons cruzem os braços. Há um limite onde a paciência deixa de ser uma virtude... Diz o adágio popular, que é a última gota d’água que faz o copo transbordar. Verdade. Pois é visível a sensação de que o copo transbordou... A violência desenfreada em nossa Cidade transbordam a paciência do nosso povo e agiganta a nossa indignação.
Ultimamente, está complicado descobrir o valor de uma vida humana ou então, se essas vidas possuem algum tipo de valor. Com a banalização do crime, o ser humano vem se tornando descartável. Tem gente matando por um par de tênis, ou simples telefone celular. O fato é que a vida humana está desprezível e desvalorizada.
A sociedade vive aflita e angustiada diante de tantos crimes. Exige uma resposta, quer entender, mas não há uma explicação que justifique tanta crueldade. Muitos desses criminosos que não dar valor à vida alheia, também não valorizam a própria vida. A criminalidade criou uma cultura ética que não valoriza a vida em si. Para esses desprezíveis criminosos, assaltantes, matadores de aluguel e ladrões em geral, matar faz parte do seu ofício; uma vida vale o seu “ganha-pão”.
Essa caraterística da crueldade surge como uma consequência da banalização do crime em geral. Não enxergamos um controle específico e eficaz para o crime; o combate é sempre o mesmo, para todos os tipos de crimes: Precário e ineficaz.
A sensação de impunidade, atrelados a confiança de que não vão ser punidos, os criminosos se sentem mais à vontade para cometer barbaridades.
A banalidade dos crimes de homicídio é algo que impressiona quem gosta de viver... Matam jovens, matam velhos, matam pelo simples desejo de matar... A impressão que temos, e que todos nós estamos na mira do crime. Infelizmente todos estão na mira desses assassinos cruéis que não escolhe hora e lugar para matar.
Santo Estevão não é diferente na criminalidade e sim na impunidade que se faz latente e vira cultura praticada por aqueles, cuja audácia sobrepuja as leis.
A sociedade e as famílias das vítimas desses assassinos sem nome, clamam por justiça e esperam, pelo menos, que os culpados sejam identificados e punidos exemplarmente. Esperam também, que as autoridades policiais/judiciárias/executiva/legislativa saiam da inércia e partam para uma ação conjunta em defesa da paz. Essa força tarefa, inclui também, a sociedade organizada e Igreja de todos os credos. Afinal todos são vítimas do mesmo inimigo. 

 
Por Manoel Lobo

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