quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

'Faço ajustes no governo como uma dona de casa faz em casa', diz Dilma

Dilma fez discurso em evento de entrega de casas em Feira de Santana (BA) (Foto: Reprodução/TV NBR)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (25) que faz ajustes no governo como uma "dona de casa ou uma mãe fazem em casa". Ela deu a declaração em evento de entrega de moradias do Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana (BA). Ela disse ainda que os ajustes a que se refere têm por objetivo retomar ciclo de desenvolvimento no país.

"Nós precisamos também fazer ajustes. Eu faço ajuste no meu governo como uma mãe, uma dona de casa, fazem na casa delas. Nós precisamos agora de dar condições de a gente retomar um novo ciclo de desenvolvimento econômico para gerar mais emprego, para segurar mais renda e para fazer que o Brasil continue a crescer de forma acelerada", afirmou a presidente em discurso para famílias que recebiam as chaves das casas e políticos locais.

Após o evento de entrega das casas, Dilma voltou a tocar no tema ajustes em entrevista coletiva. Ela deu como exemplo a mudança nas regras para recebimento de pensão por morte.
Nos últimos dias de 2014, o governo editou medidas para tornar mais rigorosas as normas de acesso a benefícios previdenciários. Além da pensão por morte, foi alvo das alterações o seguro-desemprego. A equipe econômica prevê economia de R$ 18 bilhões com as medidas.
"O que temos feito? Medidas corretivas. Pensão por morte, por exemplo. Nós não podemos deixar que uma pessoa, por mais que eu seja a favor do amor, em qualquer idade... Acho que todo mundo tem direito, até um minuto antes da inexorável morte, de ser feliz.. Mas tem casos absolutamente injustificáveis. Uma senhora de 78 anos se casa com um menino de 21. Ele não tem direito a receber uma pensão. Isso não existe em país nenhum do mundo", disse a presidente.
Negociações pela aprovação das medidas
O governo alega que as alterações nas regras para acesso a esses benefícios previdenciários é uma correção no sistema que vai gerar economia de R$ 18 bilhões. As novas medidas estão em duas Medidas Provisórias enviados ao Congresso e que são consideradas importantes pelo governo para fazer ajustes em um período delicado na economia do país.

Nos últimos dias, o Palácio do Planalto tem promovido encontros de ministros com parlamentares da base aliada para que os integrantes do governo esclareçam o teor das medidas.
(*) Colaborou Henrique Mendes, do G1 BA.

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