quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Lagoa de Plínio ‘chora e agoniza’


Por Hélio Rios

Dos 417 municípios baianos poucos têm o privilégio de terem suas sedes um espelho d’água que normalmente é chamado de lagoa pela população. Por outro lado, onde essas lagoas existem, normalmente recebem tratamento especial por parte dos poderes públicos, não só visando a manutenção da beleza natural do local, mas também como norma para salvaguardar a saúde da população, já que como todos sabem, uma grande quantidade de água acumulada e não tratada, torna-se um potencial foco de diversos males para quem habita em suas proximidades.
Infelizmente os quesitos cuidado, tratamento e manutenção não se aplicam ao município de Santo Estevão onde existe, praticamente no centro da cidade, um extensa lâmina d’água batizada de ‘Lagoa de Plínio’. No ano de 2007, durante a gestão do ex-prefeito Orlando Santiago, o mesmo determinou a humanização do local com a construção de uma pista em volta da lagoa para corridas e caminhadas, a instalação de bares e lanchonetes, bancos, jardim suspenso etc. No final do ano seguinte ele deixou a prefeitura e a ‘Lagoa de Plínio’ foi abandonada.
Hoje a visão do local, principalmente da lâmina d’água, é deprimente. O mato tomou conta do local que poderia ser uma das, senão a principal opção de lazer para os santoestevensses. Não é rara na área que circunda a lagoa, a presença de animas quadrúpedes pastando e deixando  seus dejetos às margens do lugar.  Outro reclame constante da população é quanto a presenças no local de pessoas fazendo uso de substâncias tóxicas, já que não há nenhum tipo de segurança ou fiscalização que possa coibir este ilícito.
Durante a noite então é uma temeridade passar pelo local, já que a iluminação praticamente já não mais existe e o risco da ação de marginais é eminente.  O que poderia ser até mesmo um cartão postal, um ponto de referência para Santo Estevão, agoniza e clama pela ação de quem possa devolver ao local, as condições mínimas para que os moradores da cidade possam sentir prazer em convidar um amigo, ou parentes residentes em outras regiões, para conhecerem o local que outrora orgulhava os nativos da cidade que leva o nome do santo mártir da Igreja Católica.

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