sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Greve dos petroleiros atinge cinco dos 17 sindicatos

A greve dos petroleiros deflagrada ontem (24) é parcial e atinge cinco sindicados, ligados à Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), dos 17 que representam a categoria. Os outros 12 sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) não aderiram ao movimento.
A assessoria de imprensa da FNP admitiu que o movimento não chega a afetar as principais atividades da companhia, já que os sindicalistas ligados à FUP são maioria e estão lotados nas bases operacionais de peso da companhia, aí incluídas as principais refinarias e unidades de produção.
Os cinco sindicatos ligados à FNP somam cerca de 40% a 45% dos funcionários da estatal – o equivalente a cerca de 40 mil trabalhadores. “A paralisação maior ocorreu no Terminal da Transpetro em Bélem e também no Terminal da Baía de Guanabara (Tebig), na Ilha do Governador, subúrbio do Rio de Janeiro, no dia de ontem (23)”.
Ao longo do dia de hoje o movimento é esporádico, com paralisações de cerca de duas horas, em bases do Rio de Janeiro, do Litoral Paulista, do sindicato de Alagoas/Sergipe e do Amazonas, que engloba as bases do Pará, Maranhão, Amapá e Amazonas.
Segundo o Sindicato, a greve é motivada por uma “verdadeira tentativa de retrocesso [por parte da Petrobras] nos direitos constantes do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria, somada à venda de ativos e ao desmonte da estatal”.
Entre as principais reivindicações dos petroleiros estão a suspensão do Plano de Desinvestimento, que prevê a venda de ativos da estatal e de algumas subsidiárias; retomada das obras e não fechamento de postos de trabalho; 18% de aumento real no salário base; garantia, nos contratos, de licença maternidade de seis meses e auxílio creche para os terceirizados; além de redução da carga horária para pais e mães com crianças com necessidades especiais.
Em nota, a Petrobras informou que as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2015 estão em andamento e que no último dia 17 a companhia apresentou proposta das cláusulas econômicas aos sindicatos, que contempla reajuste de 5,73%.

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