O documentário 'Histórias de Arcanjo', que conta histórias do trabalho e
da vida do jornalista Tim Lopes, morto por traficantes da Vila
Cruzeiro, no Conjunto de Favelas do Alemão, em 2002, foi lançado na
sexta-feira (19), no Festival de Cinema Brasileiro, em Paris, como
mostrou o RJTV.
Tim foi responsável por expor a realidade das favelas cariocas, à mercê
do poder de traficantes, que comercializavam drogas e exibiam armas de
guerra impondo o medo nas comunidades. O jornalista virou um símbolo
para a transformação da cidade.
Bruno Quintella, roteirista do documentário e filho de Tim, foi o
responsável por garimpar histórias do pai para mostrar um Tim além das
circunstâncias de seu assassinato. “É um filho falando do pai. É um
reencontro. Eu mato a saudade, choro sempre. Fico super feliz de fazer
essa homenagem, falar da vida dele a partir da morte", conta Quintella.
Apesar de ter nascido e vivido parte da infância no Rio Grande do Sul, o
jornalista era carioca de coração. Gostava de botequim, samba e
futebol. Sua grande habilidade era a capacidade de mostrar a vida dos
mais pobres, daqueles que raramente são ouvidos.Como um camaleão, Tim era capaz de se transformar nos mais diversos personagens e vivê-los durante de dias. Ao longo da carreira, se fez passar por vendedor ambulante, viciado, mendigo e operário. “Ele se transformava e vivia isso intensamente. Para mim, mostrar isso no filme foi fundamental”, afirma o diretor do filme, Guilherme Azevedo.
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