sexta-feira, 6 de abril de 2012

Professores iniciam greve de fome em Lauro de Freitas

Professores em greve de fome

Acampados na Câmara dos Vereadores da cidade desde terça (2), professores municipais iniciaram uma greve de forme na manhã desta quinta-feira (5) em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. 

Eles pretendem pressionar os vereadores a não aprovar um projeto de lei encaminhado para a Casa pela Prefeitura que estabelece o piso salarial da categoria. Os professores pararam as atividades desde a última segunda-feira (2) e esperam manter a greve até a próxima segunda, quando os vereadores devem fazer a leitura do projeto. 

De acordo com Valdir Silva, coordenador do sindicato, o projeto da prefeita Moema Gramacho reduz o valor da gratificação dos professores e incorpora a diferença ao salário base da categoria com o objetivo de atender a Lei do Piso Salarial, determinado pelo Ministério da Educação, que garante o piso de R$ 1451.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, a Prefeitura informa que “encaminhou à Câmara Municipal uma nova proposta de reajuste para os professores, atendendo pedido dos vereadores da base, que foram procurados por um grupo de trabalhadores da educação”. 

A proposta prevê um piso reajustado para R$1490, “bem acima do piso nacional, e o adicional de 30%, o menor salário de professor do nível Fundamental, 40 horas, não graduado, passa para R$1.937”. 

Mas a proposta não agradou aos docentes. “A gente vai ficar aqui até segunda-feira, porque segunda tem a sessão extraordinária para votação do projeto. De acordo com o Correio, a proposta da prefeita é a mesma de sempre. O que a gente quer é que ela cumpra a Lei Federal”, diz o coordenador do sindicato.

A proposta deverá ser votada até segunda-feira (9) por força da legislação eleitoral que proíbe reajustes salariais a partir desta data. Em fevereiro, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o reajuste do piso salarial dos professores em 22,22% - o valor, válido para este ano, passou para R$ 1451. 

Desde o início da greve, 30 mil alunos estão sem aulas no município. “Esperamos que o professor compreenda que há limites e retorne, na segunda-feira, à sala de aula. Os alunos não podem ser prejudicados”, apela a prefeita Moema Gramacho.

Por Cleide Almeida

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