Corredores lotados. Foi assim que o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, encontrou o Hospital Geral Clériston Andrade na manhã desta segunda-feira (14), durante uma visita surpresa a essa unidade hospitalar, com o objetivo de verificar a frequência de servidores e as condições de atendimento a população. Ele estava acompanhado do deputado estadual, Zé Neto, da superintendente de Atenção Integral, Gizelia Souza, de José Walter Santos, diretor da Rede Própria, e de outros diretores da Sesab (Secretaria Estadual de Saúde).
Jorge Solla informou que o governador Jaques Wagner tem investindo muito na saúde, com a contratação de mais de oito mil e seiscentos profissionais concursados, ampliação de 1.300 leitos hospitalares e investimentos em várias unidades, aumentando em 150% o número de leitos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo ele, esses fatores citados, requerem acompanhamento eficiente da presença dos profissionais. Durante a visita, Jorge Solla, não soube informar se haviam ou não profissionais faltosos no plantão de hoje, mas garantiu que divulgará futuramente.
Ele informou que em fevereiro vai começar a funcionar um ponto digital para monitorar a frequência dos servidores em parceria com a secretaria estadual de Administração com a Corregedoria. “Já são dois anos nesse trabalho de verificação de presença e a novidade agora é que está sendo feito sem agendamento prévio”.
Segundo Jorge Solla, todo profissional que não for encontrado durante o horário de trabalho previsto em suas escolas, vão ser submetidos a processo de sindicância e serão punidos. Ele informou que na Bahia, o percentual de falta de profissionais em hospitais chega a 20%.
Novo hospital e reforma
Na opinião do secretário, o Clériston Andrade precisa, e já está programada, uma reforma geral da emergência e de enfermarias, mas que já recebeu a autorização do governador Jaques Wagner para construir o projeto de um novo hospital regional para Feira de Santana.
Jorge Solla acha que a atual capacidade de atendimento do Clériston Andrade melhorou do ponto de vista cirúrgico, de Terapia Intensiva, serviços de diagnóstico, com novos equipamentos implantados e com as reformas que foram feitas no novo centro cirúrgico. “Eu diria que Feira de Santana precisa em um prazo mais breve possível de uma nova unidade hospitalar”, afirmou.
Ele justifica esses investimentos pelo fato da cidade ter mais de 500 mil habitantes e no seu entorno uma região que passa de um milhão de habitantes, e que demanda de serviços especializados. “A estrutura que existe é antiga”, lembrou.
Para o diretor médico do Clériston Andrade, Luiz Carlos da Silva Santos, a presença do secretário é importante para que as dificuldades sejam constatadas. “Temos que prestar melhores serviços e um trabalho mais produtivo”, afirmou. Ele citou como exemplo das dificuldades, a sobrecarga de pacientes, porque a unidade atende pessoas de 126 municípios com a população estimada em quatro milhões.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado José Neto, diz que a visita do secretário foi gerada devido ao problema ocorrido hoje no setor de obstétrica, quando duas gestantes estavam na porta do hospital sangrando bastante. Ele informou que no início do governo eram 45% dos atendimentos vindos de outras cidades e 55% de pessoas de Feira de Santana. Com a construção de hospitais em Juazeiro, Miguel Calmon e ampliação de hospitais como de Cruz das Almas, explica o deputado, esperava-se que a situação melhorasse.
“Não há cooperação, há muito tempo, do município com relação a uma gestão que possa trazer para aqui o que realmente possa ser atendido nesse hospital”, afirmou. Zé Neto lamentou a dificuldade encontrada pelas duas gestantes e afirmou que elas poderiam ter sido acompanhadas no Hospital da Mulher.
Fonte: Acorda Cidade
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