sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Odetinha pode se tornar 1ª santa carioca




Odetinha aos nove anos de idade
A Arquidiocese do Rio de Janeiro deu início oficialmente, nesta sexta-feira (19), ao processo de beatificação de uma menina de apenas 9 anos que pode se tornar a primeira santa carioca da história da Igreja Católica. Odette Vidal de Oliveira, mais conhecida como Odetinha, morreu em 1939, vítima de meningite, e sua devoção e supostos milagres atraíram uma legião de católicos, que lotaram a igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, na zona sul do Rio, com missas ao lado dos restos mortais de Odetinha, no primeiro ato no caminho da beatificação.
"Quando há um certo clamor popular, a Igreja sempre procura investigar para poder colocar aquele ou aquela que morreu com fama de santidade como um exemplo de vida", explica o arcebispo do Rio de Janeiro, Don Orani Tempesta. "Depois de consultarmos o Governo Diocesano e começarmos a deixar chegar a nós esses pedidos e discerní-los, encontramos alguns testemunhos que falavam sobre a Odetinha, que aqui no Rio tem uma fama de santidade, de uma pessoa que viveu uma vida cristã exemplar", completa.
O Vaticano já autorizou o prosseguimento do processo de beatificação da Santa Odetinha. O próximo passo será dado por peritos contratados pelo berço da Igreja Católica, que investigarão, via documentos históricos, se a candidata a santa carioca realizou milagres que a medicina não conseguiu explicar. Uma destas supostas intervenções seria de uma mãe, na década de 50, que teria perdido muito sangue no parto, e estaria desacreditada pelos médicos. O poder de oração por Odetinha teria salvo sua vida.
Devota, Maria Celi Pires conta que teve contato relacionado com a candidata a santa ainda na década de 80, quando viajou para a Itália e se hospedou num convento. No seu retorno, as freiras pediram que ela trouxesse ao Rio de Janeiro algumas cartas, justamente para a casa onde Odetinha viveu, no bairro de Botafogo, também na zona sul. "Conheci a casa, a cama dela, os brinquedos. Ela viveu tão pouco, mas fez muito bem. Tinha certeza que ela se tornaria santa", conta. 

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