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Manoel Lobo |
Enquanto escrevo, decerto
centenas de jovens estão se
drogando ou roubando para comprar droga em nossa Cidade. As drogas estão matando nossos jovens e até as nossas crianças. Traficantes não
perdoam aos que lhes devem.
A verdade é que as drogas invadiram os campos
de futebol, os recreios e as escolas, para darem lugar aos traficantes.
Vejo jovens assassinados
por causa das drogas e, seus corpos estendidos pelas calçadas. Vejo mães
chorando as perdas dos seus filhos e não vejo ninguém se incomodando com isso. Vejo
que as drogas foram chegando aos poucos e que já dominam a juventude santestevense, trazendo sofrimentos,
aflições, insônias e pesadelos para
seus familiares. Vejo jovens de todos os tipos e cores, malhados e bem
cuidados, mergulharem nas drogas para obter alegria ou de alguma coisa que altere
suas consciências, pois, assim, e só assim, conseguem desfrutar de
algum prazer...
É deprimente transitar pelas ruas
de nossa cidade e contemplar a quantidade de jovens entregues à alegria fácil... Alucinados, desesperados, transitando pelo meio da
rua, tarde da noite, agonizando e gemendo na busca por algo que nem eles mesmos
sabem o que é. Certamente buscam oxigênio para respirar de tão sufocados que estão pelas drogas, pela angústia, pelo desespero...
Nossos jovens cambaleia
nas ruas, brigam e se rebelam em casa. Nesse emaranhado de sensações não conseguem discernir entre aqueles que lhes querem bem (seus pais)
daqueles que desejam apenas usufruir do bem que possam lhes oferecer (seu
dinheiro e seu corpo). Tomam-lhe muito mais. Sorrateiramente, surrupiam sua
esperança e destroem suas vidas.
O que é que estão fazendo com nossa juventude? O Governo não ouvem as vozes angustiadas de
uma juventude perdida nas madrugadas... não ouvem seus gemidos, não sentem suas dores. O que assistimos é o resultado da inércia da sociedade e o desprezo dos políticos que aceita a
conversa fiada da autonomia pessoal para uma juventude que ainda não sabe o que é a vida. A vida é um conjunto de fases. Quem queima
etapas, perde um segmento da construção de seu futuro que lhe fará falta, certamente.
O crack está matando os jovens e aumento
significativo a violência em
Santo Estevão. Fatos nunca antes acontecidos,
ocorrem agora com frequência, a
exemplo de assaltos, invasões de casas, polícia recebida à bala, torturas, mortes por
encomenda, sequestros relâmpagos, violência de toda ordem.
Quando as autoridades vão tratar esse problema com a
devida seriedade? Não se
pode ser omisso de forma tão irresponsável... A violência que tem contribuído para que os nossos jovens sejam dizimados pelas balas assassinas do
crime organizado, tem um centro nervoso que se chama crack. Uma droga,
subproduto da cocaína, de baixo preço e que possui os efeitos
mais nocivos à saúde e à família.
Para manter o vício as pessoas mais pobres partem para vender as coisas de casa e depois
para assaltos pequenos e grandes. Os mais ricos começam vendendo seus pertences e endividando-se. Trata-se de um problema complexo e não apenas de polícia, mas também
social. A solução passa, principalmente, pela
geração de emprego e renda; melhoria da
educação e estruturação familiar. Passa, também pela boa vontade de muitos instituições. Então vejamos:
Os Legisladores, precisam
legislar em favor desses jovens e deixarem seus discursos vazios que não vão além das tribunas.
O Executivo, sempre ocupado, precisa, também se ocupar com a luta de
prevenção e recuperação dos nosso “meninos”.
Os Padres e Pastores, carecem
deixar um pouco seus púlpitos e irem pra ruas buscar as ovelhas perdidas e trazerem para o aprisco
seguro.
A sociedade, em geral,
que dorme o sono da indiferença, precisam exercitar a caridade,
a piedade e fraternidade...
Por fim, os pais que
buscam encontrar a sua “ovelha perdida” e trazer para o aconchego, nunca, em tempo algum, “joguem a toalha” e desistam do vosso propósito de resgatá-lo. Resgatar significa
ir ao encontro, buscar, procurar... Quando se tem amor, nunca faltará o ânimo.
Precisamos nos
unir para começar a ganhar essa guerra contra o crack. É isso que precisamos: unir Santo
Estevão, as várias esferas do setor público e privado, as Igrejas de todos os credos, pais e mães de família, numa grande cruzada. Unir forças é o mais importante e precisamos ampliar esse esforço. Fazer tudo isso em nome de uma coisa, apenas, que é salvar vidas. Vida dos nossos
meninos!!!...
Por Manoel Lobo
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