domingo, 14 de outubro de 2012

Relatório brasileiro destaca aumento da violência contra jornalistas


O relatório brasileiro sobre liberdade de imprensa apresentado neste domingo (14) na 68ª Assembleia   Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), destaca o aumento da violência contra jornalistas. A ex-presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) Judith Brito informou que no período de 26 de março a 7 de outubro deste ano, 28 casos foram reportados no país: dois assassinatos, 13 agressões, cinco ameaças e oito censuras judiciais.
Segundo Judith, a ANJ destaca no relatório “a recorrência de decisões judiciais proibindo previamente a divulgação de informações pelos meios de comunicação”, como no caso da “persistência, por quase 1200 dias, da censura imposta ao jornal ‘O Estado de São Paulo’ de mencionar qualquer informação relativa ao caso Boi Barrica, relacionado ao filho do ex-presidente da República e atual presidente do Senado, José Sarney”.
Outro caso “lamentado” pela jornalista foi o do repórter da ‘Folha de São Paulo’ André Caramante, que recebeu ameaças e teve que deixar o país após publicar uma matéria a respeito do então candidato à vereador de São Paulo e ex-chefe da Rota, Coronel Telhada.
O relatório informa ainda que os casos de agressão e de censura prévia costumam aumentar historicamente às vésperas de eleições. “A censura prévia por via judicial – uma afronta ao princípio maior da liberdade de expressão definido pela Constituição – aplicada em geral por magistrados de 1º grau, historicamente aumenta nos meses de campanha eleitoral, como também o número de agressões a jornalistas, especialmente às vésperas e no dia da votação”, afirma o texto.
‘Está muito perigoso’
O relatório brasileiro foi apresentado durante sessão da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, na qual representantes dos países participantes relatam casos de ameaça à prática da profissão e à liberdade de expressão.
Foto: Judith Brito apresentou informe em evento da SIP, em São Paulo.
Texto destaca censura a jornais e ameaças a jornalistas do país.

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