quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Lição de Vida - Conheça a história desta gurreira que venceu o câncer de mama



Imagem: Arquivo pessoal
No mês que o Brasil inteiro – e a FAT – estão engajados na campanha Outubro Rosa, temos a honra de contar a história de uma mulher de fibra que venceu o câncer de mama – Isolda Pelegrini. Em 2007, observando suas mamas, Isolda percebeu um nódulo em um dos seis e o ginecologista à época disse que se tratava apenas de uma conseqüência da displasia mamária. Mesmo acostumada a fazer mamografias anualmente e nunca ter sido detectado nada, ela não se conformou com o que o médico disse e ficou ainda mais preocupada quando o bico do seio começou a murchar e expelir um líquido escuro. Isolda decidiu,então, procurar outro médico por conta própria, Dr. Cristiano Fragoso, que depois de uma punção, recomendou que ela procurasse um mastologista.

Ao analisar o resultado da biópsia, o mastologista, a principio, recomendou a retirada de um quadrante da mama afetada, mas ao se consultar com o oncologista Luis Café, que acompanhou todo o tratamento de Isolda, ele foi taxativo: para não correr o risco do câncer retornar, era preciso a retirada de toda a mama. “Claro que, na hora, você se abate. A gente que é mulher, vaidosa, feminina, perde o chão quando ouve uma coisa daquela”, confessa Isolda. “Mas eu decidi lutar por minha vida”.
 
Ela não contou a ninguém da família sobre o problema, porque sua mãe estava em cima de uma cama, com suspeita de câncer na coluna, e seu irmão mais velho tinha passado a pouco tempo pela mesma doença. “Só falei com uma prima e seu marido, que são médicos, para buscar orientação. Enfrentei o início do tratamento praticamente sozinha”. Após um mês do diagnóstico, Isolda fez a cirurgia para retirada da mama e começou, em seguida, a radioterapia. “Foi um mês inteiro tomando medicação diariamente”, relembra ela. Depois, vieram as sessões de quimioterapia – cinco, no total.
Mas Isolda nunca perdeu a esperança e a fé na vida. “Pedi muito discernimento a Deus durante todo o processo. Nunca entrei em depressão. Ao contrário: as pessoas iam me visitar e eu é que era a psicóloga, quem botava o clima para cima”, conta. “Sempre digo às pessoas que tem ou tiveram câncer: não se questionem ou questionem Deus. Agradeçam a Ele e façam o que é preciso ser feito”, reflete.
 
No ultimo dia 17/10, Isolda conquistou uma importante vitória contra a doença. Conclui a ultima caixa do medicamento que usou durante cinco anos para combater um possível retorno da doença. “Para ser uma mulher que nem eu, que ter muito peito”, brinca Isolda, que até hoje não fez a reconstituição da mama e ainda assim está bem resolvida com o próprio corpo.
 
Recompensas – Antes mesmo do fim do tratamento, Isolda realizou o desejo de ser mãe, ao adotar o pequeno Irrajy, atualmente com 4 anos. “Deus me deu meu filho de presente. Quando ele chegou, eu estava tão fraca por causa do tratamento, que quase não conseguia carregá-lo. Mas ele foi uma das coisas que me deram animo e vontade de viver ainda mais”, afirma sorridente.
 
Em meio ao tratamento, Isolda também descobriu uma paixão inusitada para o universo feminino – o motociclismo. Ela chegou a fundar até um motoclube só para mulheres: o Loiras Estradeiras, em Serrinha. “Funciona para mim como uma terapia. Além de ser muito bom participar dos eventos e competições de moto, inclusive disputando com os homens”, explica a motoqueira.
 
Sobre seus planos para o futuro, Isolda não titubeia. “Coloquei como propósito para Deus que meu filho se torne um médico e possa ajudar a salvar muitas e muitas vidas, com a minha foi salva”. Ela até já pendurou no quarto do filho um quadro com os seguintes dizeres: “Irrajy Cadmo Pelegrini – Médico oncologista revelação do ano”. Alguém tem dúvida de que esta mulher guerreira terá seu desejo realizado?
 
 
 

Silvia Dantas

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